4ª Marcha Contra as Drogas está sendo preparada em Alagoas

Em Alagoas foi iniciada a preparação da 4ª Marcha da Juventude Contra as Drogas convocada por entidades estudantis, Juventude da FETAG, Movimento Via do Trabalho e Juventude Revolução. A Marcha Contra as Drogas é realizada anualmente para protestar contra o genocídio que vitima a juventude pobre das periferias, especialmente jovens negros, e ao mesmo tempo reivindicar políticas públicas para a juventude.

Durante a preparação da marcha, está previsto a realização de panfletagens, colagem de cartazes, passagens em salas de aulas e debates em escolas e universidades.

Como afirma o manifesto da 4ª Marcha Contra as Drogas: a juventude das periferias vem sendo dizimada e Alagoas se mantem sendo o estado mais violento do Brasil. Em apenas seis anos de governo Teotônio Vilela (PSDB) foram quase 15 mil pessoas assassinadas, fruto de uma política de desmonte dos serviços públicos e do total abandono da juventude. Alagoas está no topo dos principais piores índices sociais: 1º lugar em analfabetismo e mortalidade infantil; menor Índice de Desenvolvimento Juvenil (IDJ); último lugar em esgotamento sanitário; menor oferta de emprego; 35% da população vive abaixo da linha de pobreza (menos de R$ 150,00 mensais); pior distribuição de renda; estado que mais concentra terra na mão de poucos, etc. Diante dessa situação de miséria e de pobreza extrema, o mercado da droga se instalou em Alagoas e se fortaleceu às custas de sangue e mortes dos filhos da classe trabalhadora. Essa violência tem classe e cor: são jovens, pobres e negros. São moradores de periferia, morros e grotas, que além de sofrer com o preconceito racial e social, sofrem com a violência do tráfico de drogas e com a ação truculenta da polícia. A miséria e exclusão empurra milhares de jovens ao ‘primeiro emprego’, vendendo crack nas esquinas. As escolas estão caindo aos pedaços, sem estrutura ou atrativos, as escolas estão perdendo os estudantes para o tráfico de drogas.

A solução não está na legalização das drogas, muito menos aumentando a repressão contra os trabalhadores e a juventude das periferias. A solução é garantir condições para a juventude viver dignamente! Garantir o direito a uma vida sem drogas, gerando mais emprego, reforma agrária, mais escolas, passe livre, construção de praças, quadras de esporte, área de lazer e centros culturais. Em 23 de outubro, a juventude do campo e da cidade vai dar o seu recado!

Zazo, militante da Juventude Revolução em Maceió