Jovens são os que mais sofrem com o desemprego

Contribuição à discussão da Plenária Nacional da JRdoPT de 2021


Os jovens têm enfrentado a dura realidade do governo Bolsonaro, que nega um futuro à juventude. Uma pesquisa recente mostrou que, enquanto a taxa geral de desemprego chega a 14%, na juventude, o desemprego ultrapassa os 30%.

São muitos os ataques do governo genocida à juventude! Iniciamos o ano resistindo contra os cortes no orçamento das universidades e Institutos Federais. Os governos não garantem condições de acesso à educação aos jovens durante a pandemia e o governo ainda retirou a isenção na taxa de inscrição para quem faltou na última prova do Enem, promovendo o Enem mais branco e rico da história em 2021.

Sem perspectivas, outro estudo mostrou que 47% dos jovens no Brasil sairiam do Brasil se pudessem. 70% dos jovens também relatam dificuldades em encontrar emprego. Marcela, militante da JR de Uberlândia/MG, relatou ao jornal O Trabalho: “Os jovens passam de uma empresa para a outra, todas na área de call center, porque é um dos poucos lugares que ainda temos certa facilidade de conseguir emprego. Porém, em muitos locais as condições de trabalho, remuneração e benefícios são tão ruins ao ponto de hoje, em 2021, o salário ainda estar na faixa de 900 reais.”

A MP 1045, aprovada na câmara no dia 12 de agosto, foi derrotada no senado. Projeto do governo Bolsonaro para destruir direitos na juventude, a MP 1045 criava modalidades de emprego sem carteira assinada, 13º ou férias. A juventude também enfrenta a realidade da exploração digital do trabalho. Com Uber, IFood e outros aplicativos, os jovens têm longas jornadas de trabalho com baixa remuneração. Aplicativos como “Tik Tok” e “Kwai” cresceram muito no Brasil, prometendo uma quantia em dinheiro para usuários que assistem a uma determinada quantidade de vídeos por dia e convidam outras pessoas para usarem a plataforma.

Sem opções de emprego, bolsas ou estágios, muitos jovens passam horas usando esses aplicativos para conseguirem algum dinheiro. Mas a juventude resiste! Começou o ano indo à luta e não tem saído das ruas com os atos por “Fora Bolsonaro”. A JR precisa discutir e organizar iniciativas para dialogar com esses jovens que querem resistir. Alguns núcleos têm feito panfletagens em praças e escolas e exigido emprego e bolsas estudantis. Nessa Plenária Nacional da JR, os delegados terão a tarefa de discutir e ajudar a organizar as reivindicações desses jovens que não aguentam mais sofrer com a ruína promovida pelo governo genocida.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Por favor, digite seu nome