Nakba – A catástrofe do povo palestino completa 67 anos

   Nesse dia 15 de maio completa 67 anos da Nakba – Catástrofe em árabe – dia seguinte após a criação do estado de Israel em território palestino. Esse é um dia que reafirma a resistência, autodeterminação e luta pela libertação do povo palestino que vem sendo vítima de um genocídio cruel e covarde apoiado pela mídia mundial e financiado pelo imperialismo.

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   A “Nakba” é a expulsão de 800 mil palestinos que tiveram que abandonar suas casas à força pelo exército israelense que impôs terror e massacrou vilarejos inteiros. Mais de 500 vilarejos foram destruídos dando lugar à colonização criminosa israelense que segue expandindo seus assentamentos até hoje, tomando todo o território histórico da Palestina. Ao longo do processo de formação e expansão do estado de Israel, foram milhares de palestinos assassinados pelo exército sionista.

   Nos dias de hoje, cerca de 60% da população palestina vive na condição de refugiada dentro do território palestino ou em países vizinhos, como a Jordânia, a Síria e o Líbano. Ao todo são cerca de 5,5 milhões de pessoas que foram morar ou nasceram em campos de refugiados vivendo em condições sub-humanas: desempregados; sem acesso à saúde e educação; tratados como cidadãos de segunda categoria sem direitos básicos garantidos; escassez de água; bloqueios de estradas e a violência das forças de segurança de Israel.

Gaza bombardeada em 2014

  A expansão territorial já ocupa quase toda a Palestina, incluindo Jerusalém Oriental, restando aos palestinos apenas a Cisjordânia (ocupada por Israel) e a Faixa de Gaza, que é considerada um campo de concentração a céu aberto. O massacre contra os palestinos prossegue, para manter seu domínio Israel promove sua matança gradativamente. No ano de 2009 Israel matou cerca de 1400 palestinos (mais de 200 crianças), em 2014 foram 2.200 palestinos mortos, mais de 1500 eram civis (550 crianças). E o embargo de recursos básicos como água e energia elétrica que Israel impõem aos palestinos, atinge 1 milhão e meio de pessoas.

  Mesmo diante dessas condições adversas o povo palestino segue resistindo à barbárie que lhes é imposta pelas forças de ocupação israelenses. Além da mobilização dos trabalhadores e da juventude palestina, há um movimento de resistência entre os judeus que não apoiam os crimes do Estado sionista.

   Mais do que nunca se reforça cada vez mais a solidariedade concreta com a luta do resistente povo palestino. A unidade entre as organizações operárias e democráticas no mundo inteiro vem fortalecendo a exigência de pôr abaixo o estado de Israel na via de construção de uma Palestina livre, laica, democrática e soberana, construída em seu território histórico e que garanta o direito ao retorno dos refugiados.

Zazo, membro do Conselho Nacional da Juventude Revolução