No dia da consciência negra, militantes da JR em Salvador fizeram difusão com o boletim.

No dia 20 de novembro, dia da consciência, negra os militantes da Juventude Revolução em Salvador organizaram uma difusão com o boletim da JR que trata sobre a questão negra. O boletim aborda a problemática do genocídio da juventude negra, com uma passagem que podemos observar:

“Segundo o estudo “Mapa da Violência 2012” coordenado por Julio Jacob Waiselfisz da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais, os dados são de um verdadeiro genocídio.  Só no ano de 2010 ocorreram 49.932 homicídios no Brasil, dos quais 26.854 eram jovens entre 15 e 29 anos, a maioria negros (74,6%)”

O boletim aborda a onda de greves nas minas que abalou e continua sacudindo a África do Sul. Os trabalhadores das minas que legitimamente exigiam melhores condições de trabalho e aumento de salario, foram simplesmente massacrados, onde, 40 desses grevistas foram assassinados e vários grevistas vem sofrendo perseguição e sendo ameaçados de morte. E por fim o boletim anuncia a rodada de debates com o Haitiano Vogly Poinon, que relata o verdadeiro papel das tropas no Haiti e dessa forma a JR começa a preparar a conferencia continental pela retirada das tropas do Haiti que ocorrera em 1º de Junho de 2013.

Foram 50 boletins distribuídos, onde, arrecadamos o valor suficiente para reproduzir mais boletins. No dialogo com os jovens na praça do Campo Grande, onde, acontecia a concentração para a caminhada, apontávamos no boletim os dados relacionado a quantidade de homicídios dos jovens negros que simplesmente chocavam as pessoas. Explicavamos também os fatores que levam a esse genocídio, como a falta de acesso a educação, saúde, emprego, esporte, lazer e outros, que levam os jovens a entrarem no mundo das drogas e do crime, sendo desta forma sacrificados pela policia militarizada, entulho da ditadura que até os dias de hoje continuam cumprindo o seu papel. Destacamos também o fato de poucas pessoas saberem do massacre dos 40 mineiros na África do Sul, inclusive dirigentes do movimento negro, que a principio estranharam a contradição desse fato ocorrer no País onde o principal líder, Nelson Mandela, mártir da luta contra o Apartheid e o CNA (Congresso Nacional Africano) que saíram em defesa das multinacionais e além de não defenderem os grevistas ainda os massacraram.

Essa foi uma importante atividade na qual apresentamos a JR e as pautas que defendemos, fortalecendo o que deve ser a base de uma organização independente como a nossa: O boletim e as finanças, só assim, junto com a regularidade de reuniões vamos cada vez difundir e trazer para as nossas fileiras mais jovens comprometidos com a luta para garantir um futuro a juventude.

Edielson Santos, militante da JR em Salvador – BA