Em 11 de Julho de 2013, dia Nacional de Lutas, na cidade de Juiz de Fora, a Juventude Revolução esteve juntamente com o SINTTEL (Sindicato dos trabalhadores das Telecomunicações), a CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sindicatos dos Têxteis, Metalúrgicos, Bancários e Professores para organizar a paralisação parcial do turno da manhã, com duração de três horas,
A JR esteve do lado da juventude trabalhadora garantindo o direito de manifestação e luta por melhorias da categoria. Hoje a maioria dos trabalhadores explorados nos Telemarketing’s é composta por jovens que trabalham para garantir o custeio com sua profissionalização, acesso a instituições pagas de ensino superior, cursos técnicos, moradia e alimentação.
As condições de trabalho precárias dos Call Center´s de Juiz de Fora vêm se estendendo há algum tempo, e a Alma Viva está entre as empresas consideradas como uma das piores da categoria. Dentre as principais reivindicações estavam: o período de experiência e treinamento sem remuneração dos trabalhadores, (direito garantido em lei); a alimentação oferecida de péssima qualidade, com queixas de perecimento e contaminação com corpos estranhos; e a exigência do cumprimento de metas exorbitantes.
Os trabalhadores foram chamados a se posicionar em frente à fábrica chamando a empresa a dialogar sobre as reivindicações com o SINTTEL. E numa atitude de impedir a manifestação, supervisores e coordenadores cometeram assédio moral chantageando os trabalhadores, e os ameaçando com advertências, rebaixamento de cargos, demissões por justa causa, corte nos salários e hora extra para atender o contingente parado pela paralisação em outros estados. Além de trancarem portas e travarem roletas nas saídas. Os operadores que aderiram à paralisação receberam dos operadores que foram impedidos de sair, sms nos celulares relatando a opressão da direção da empresa.
O gerente geral foi impedido de entrar na empresa, com o bloqueio da entrada do estacionamento pelos trabalhadores. Sendo chamado a dialogar, e mais uma vez mostrando seu descaso com a categoria, se negou, e se retirou do local.
A Juventude Revolução fez falas e agitação exaltando a importância de se organizar para lutar pelas reivindicações dos trabalhadores e jovens . E assim, o piquete reuniu uma porcentagem significativa dos operadores insatisfeitos para fazer pressão pela melhoria das condições postas.
Os trabalhadores jovens puderam entender que é necessário lutar para garantir seus direitos e ter acesso à condições mais dignas de trabalho.
A tarde a JR esteve presente também com os representantes das organizações de esquerda de Juiz de Fora, em uma audiência pública que discutiu a condição do transporte coletivo urbano.
A JR se posicionou através de faixas e falas, pela redução da tarifa, passe livre estudantil, municipalização e melhorias do transporte. Passamos um abaixo assinado, como instrumento de pressão para a aprovação do Projeto de Lei 111 /2013 proposto a Câmara, que visa a implantação do Passe Livre estudantil.
Thais Batittuci, é militante da JR em Juiz de Fora – MG