Ato da Jornada Continental em Brasilia reúne mais de 150 e tem audiência com governo federal

No dia 1º de junho, dando sequencia ao ato continental de novembro de 2011, foi feito um ato no Palácio do Planalto para exigir de Dilma a retirada das tropas brasileiras do Haiti. Estavam presentes 150 estudantes de algumas escolas do DF.
Uma comissão formada por dirigentes sindicais e do movimento estudantil foi recebida por Audo Faleiro (Assessor do Secretário de Assuntos Internacionais da Presidência da República). A comissão era composta por: Ismael César e André (CUT-DF),  Oton Neves (Sindsep-DF), Jean Loiola (FENAJUFE), Marcius Siddartha (PT-DF), Milena Alcântara (UMES Gama) Jhonatan Lucas (UBES), Guilherme Shandler (Juventude Revolução-IRJ)  que apresentou ao assessor de Marco Aurélio Garcia nossa demanda e protocolou um dossiê que preparamos para dar conhecimento à Dilma dos diversos abusos cometidos pelas tropas da ONU no Haiti (repressão a passeatas, assassinato de estudantes e sindicalistas, estupros, perseguição a sindicalistas, etc).
Após discussão sobre o tema, apresentando algumas divergências com nossas posições, Audo Faleiro se comprometeu a dar conhecimento da nossa reivindicação à presidente Dilma e marcar uma reunião com Gilberto Carvalho (Secretário-Geral da Presidência da República). Também sugeriu que fossem feitos debates em torno do tema no Congresso Nacional.
Na preparação aconteceram 3 debates em escolas e pichações em muros da cidade, o curioso é que as pichações de gangues que não são legíveis seguem pelos muros, mas as que exigem a retirada das tropas foram apagadas na mesma semana.
Desde 2004 as tropas da ONU ocupam o país para o “estabilizar”. Muitos casos de violações de direitos (estupro, rou­bo, violação do espaço universitário) são conhecidos por todos e foram amplamente denunciados por orga­nizações de Direitos Humanos, por organizações sindicais e populares. A introdução da epidemia do cólera pela MINUSTAH veio agravar essa ferida. Mais de 7.000 foram mortos pelo có­lera e mais de foram 500.000 infecta­dos.
Seguimos a nossa luta exigindo algumas medidas em respeito à soberania do povo haitiano:
1. A anulação total e incon­dicional de todas as dívidas do Haiti
2. Fim das políticas de ajus­te estrutural
3. Pagamento pela França de 21 bilhões de dólares devidos à República do Haiti
4. Retirada imediata das forças de ocupação
5. Fim da CIRH (Comissão Interina de Reconstrução do Haiti, dirigida pelo ex-presiden­te americano Bill Clinton)
6. Indenização para todas as vítimas da MINUSTAH, pelas Nações Unidas.

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