Depois de Porto Alegre e Goiânia, é a vez de SP. Redução da passagem já!

 Depois da luta vitoriosa contra o aumento das passagens em Porto Alegre, Teresina, Goiânia e diversas outras cidades, foi a vez dos estudantes tomarem as ruas em São Paulo, indignados com o aumento da passagem de ônibus e de metrô, que passou de R$ 3,00 para R$ 3,20!

A Juventude Revolução – SP participa da luta contra o aumento da passagem. Esse aumento é inadmissível, pesa no bolso do estudante e do trabalhador e o prefeito Haddad do PT, recém eleito pela maioria do povo trabalhador e dos estudantes de SP, que enfrentaram durante 8 anos a truculência da prefeitura de Kassab, deveria atender imediatamente a reivindicação do  movimento e voltar atrás, reduzindo o preço da passagem. É isso que essas manifestações devem levar à  mesa do prefeito (ônibus) e do governador (metrô)!

No dia 11/06, estivemos na manifestação que reuniu 10  mil estudantes, que foram covardemente atacados pela violenta repressão da PM que promoveu cenas de guerra, pancadaria, bombas de gás lacrimogênio, ordenadas francamente pelo Governador Alckimim direto de Paris. Essa é a mesma Policia militarizada que mata a juventude negra nas periferias, herdada do regime militar, criada por um decreto de 1969!

A grande mídia que tem tentado desqualificar o movimento destacando ações isoladas ou confrontos forçados pela polícia, para chamar os milhares de manifestantes de vândalos, criminosos etc. não termina uma única matéria sobre os atos  sem tentar justificar o aumento das passagens, repetindo sempre a mesma  cantilena sobre o preço adotado:
”A passagem foi reajustada de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2. A inflação desde o último aumento nos ônibus da capital, em janeiro de 2011, foi de 15,5%, de acordo com o IPCA (índice oficial, calculado pelo IBGE). No caso do Metrô e dos trens, o último reajuste ocorreu em fevereiro de 2012. Se optassem por repor toda a inflação oficial, a gestão Fernando Haddad (PT) teria de elevar a tarifa para R$ 3,47 e o governo Alckmin, para R$ 3,24.”

Esquece, entretanto que se fosse para usar a lógica do IPCA para o preço da passagem de ônibus( e não a necessidade da população) o cálculo poderia ser outro, como lembrou um artigo no portal Terra:
“De acordo com a inflação, com dados básicos de correção pelo IPCA (IBGE), a passagem de ônibus que custava R$ 0,50 em 1994 deveria custar R$ 2,16 em maio de 2013. De lá para cá, a alta da inflação foi de 332,22%. Já o valor do Metrô, seguindo o mesmo índice, deveria ser de R$ 2,59 e não de R$ 3,20, cobrado atualmente”.

O que mostra que, ao longo dos anos, o que prevaleceu foram os interesses das empresas que exploram um serviço que tem que ser 100% público, e de boa qualidade, para garantir à população o direito de ir e vir. Pois não são os manifestantes, como diz o Sr. Alckimim, que impedem o direito de ir e vir da população. Nem os que cometem maior violência. É o preço abusivo da passagem, a falta de passe livre aos estudantes, a falta de ônibus e metrô disponíveis na madrugada e nos fins de semana! Isso sim é impedir o direito de ir e vir, uma violência contra a população trabalhadora!

A Juventude Revolução estará junto dos estudantes, trabalhadores, entidades estudantis, sindicatos, partidos e organizações nessa luta e reforça a convocação: Todos aos atos contra o aumento da passagem!

– Haddad, reduza  a passagem já! Não foi pra isso que você foi eleito!

– Redução das tarifas dos ônibus e do metrô já!

– Passe Livre Estudantil!

– Por um transporte 100% público e estatal!