Jornada de Lutas: combater pela punição aos crimes da ditadura!

A jornada de lutas da UNE e da UBES, esse ano ampliada com outras organizações de jovens, é convocada todos os anos nessa época, em homenagem ao estudante Edison Luis, assassinado em 28 de março de 1968 pela ditadura militar.
49 anos depois do golpe dado no dia 31 de março pelos militares, com o apoio de empresários, de setores da mídia e do imperialismo dos EUA é preciso punir os crimes da Ditadura.

Foto do Ato no Ceará com faixa da JR: Os crimes da ditadura não tem perdão: Punição!

Punir os crimes para varrer os entulhos da ditadura!

É a impunidade dos crimes da ditadura que permite que sobrevivam suas heranças na sociedade.
José Marin, atual presidente da CBF e responsável pela Copa do Mundo no Brasil, foi governador e deputado na época do regime militar, e é acusado de ser responsável pela perseguição à TV Cultura que acabou no assassinato de Vladmir Herzog.
A PM militarizada pela ditadura num decreto de 1969, responsável pela tortura e morte de milhares de pessoas, continua aterrorizando e assassinando jovens nas periferias.
Por isso precisamos exigir punição aos crimes da ditadura! Para abrir caminho para varrer os seus entulhos, e fazer justiça aos que foram mortos pelo regime na luta pela democracia, como Edison Luis ou o ex-presidente da UNE, Honestino Guimarães, cujo corpo continua até hoje desaparecido!

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Chega de Genocídio da Juventude! Desmilitarizar a PM!

Não aceitamos mais essa situação de genocídio da juventude. É preciso tomar medidas concretas! 386.893. Esse é o número de jovens entre 15 e 29 assassinados nos últimos 30 anos no Brasil, segundo os dados divulgados pelo estudo Mapa da Violência 2013.
Mais de 70% são de jovens negros. São números de guerra, gerados pela falta de perspectivas para a juventude, pela falta de emprego, pela falta de acesso à saúde e a educação, que empurram muitos jovens para as drogas.
Grande parte desses assassinatos são responsabilidade da Policia Militar que muitas vezes “atira primeiro e pergunta depois”.
É preciso desmilitarizar a PM, e garantir que a juventude tenha acesso educação, cultura e lazer!

A Juventude quer mais educação pública e de qualidade!

Nos últimos anos, através da luta conquistamos um aumento de vagas e verbas nas universidades e escolas técnicas. Mas ainda é insuficiente.
Não aceitamos que quase 50% dos jovens entre 18 e 24 anos continuem fora do ensino superior no país! Não aceitamos que dos jovens matriculados no ensino superior, mais de 70% sejam obrigados a pagar para estudar. E que muitos deixem de estudar por falta de assistência estudantil.
Tampouco aceitamos que mais de 70% das escolas públicas no país não tenham sequer bibliotecas para os estudantes melhorarem o aprendizado e o ampliarem o conhecimento.
É possível ampliar o investimento em educação até 10% do PIB, desde que o Governo Dilma adote outra política de proteção da nação, diante da ofensiva do Imperialismo,
E há dinheiro! É possível, por exemplo, acabar com o Superávit Primário destinado aos juros da impagável Divida Pública e ampliar o investimento em educação!
Não se trata, portanto, de condicionar o aumento de verbas da educação à aprovação de royalties, mas de adotar uma política soberana, por exemplo, com todo o dinheiro do petróleo pra nação! É por isso que lutamos!
Estaremos ao lado dos professores que convocam greve para abril, para exigir de Dilma que tome medidas pela aplicação do Piso Nacional Salarial.
Estaremos nas escolas e universidades, defendendo que a UNE e a UBES organizem os estudantes reivindicando 2 bilhões para Assistência estudantil, mais verbas para o ensino publico, bibliotecas nas escolas.
Se Dilma adotar medidas como essas, terá todo o apoio dos estudantes, contra a política do Imperialismo.

Não a criminalização dos movimentos sociais! Em defesa dos direitos democráticos!

O Imperialismo volta a apoiar golpes no continente, como em Honduras e no Paraguai. E certamente se congratula com judicialização da política e criminalização dos movimentos sociais no Brasil, através da ação vergonhosa do STF.
Os dirigentes do PT foram condenados sem provas. Os próprios ministros do STF admitiram que não era necessário provas para que fossem condenados, usaram o pretexto de uma “teoria de domínio do fato”. Essa condenação serve a um propósito político: atacar o PT. Por isso, somos pela anulação da AP 470.
Afinal, o que está por trás do ataque ao PT é o ataque às organizações sindicais, estudantis e populares, como a UNE, a CUT, o MST.
É o que se vê n caso da USP em que a promotora que acusou 72 estudantes da USP por depredação de patrimônio publico e formação de quadrilha, mas sem conseguir individualizar a culpa, inventou a lógica de culpa por “omissão coletiva”.
O STF quer judicializar a política. Bloqueia a decisão soberana do Congresso sobre a divisão dos Royalties para proteger governadores como Sérgio Cabral, contra a soberania nacional.
Protege os criminosos da ditadura, utilizando a Lei da anistia para impedir que assassinos e torturadores sejam julgados!
Não aceitamos! Estamos na luta pela punição dos crimes da Ditadura, contra a judicialização da política e a criminalização dos movimentos sociais!

Combata conosco por essas bandeiras!

Juventude Revolução, 26 de março de 2013