Em entrevista recente a Kennedy Alencar do UOL, o presidente Lula afirmou não querer “remoer o passado”, em alusão à ditadura militar. Pouco depois, notícias passaram a ser veiculadas sobre o cancelamento de quaisquer atividades oficiais da política de verdade, memória e justiça que remete aos 60 anos do golpe militar de 64.
Não consideramos que a luta em defesa da memória das vítimas da ditadura e contra o seu legado antidemocrático seja “remoer o passado”. Um ano depois do 08 de Janeiro, que contou com a participação e apoio dos militares, empresários e parte significativa do congresso, não vivemos ainda livres do legado antidemocrático da mal acabada ditadura militar. Desde as chacinas feitas pela PM, como as que ocorrem em São Paulo, até a indicação de Bolsonaristas assumidamente apoiadores da tentativa de golpe para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania) e para a comissão de Educação (sendo um deles ninguém menos que NIKOLAS FERREIRA!), as instituições herdadas da ditadura se mostram um passado muito presente.
Cabe nesse momento, a nós, enquanto juventude, sustentar a luta contra o legado da ditadura, exigindo do governo Lula que assuma uma política combativa, de repúdio e exposição dos crimes cometidos pelo estado brasileiro e seus apoiadores durante a ditadura, rompendo com as instituições apodrecidas e, na oportunidade, fechar de vez essa ferida recente do golpismo bolsonarista.
Ditadura NUNCA MAIS, não esqueceremos e muito menos perdoaremos. SEM ANISTIA PARA OS GOLPISTAS!