A quem interessa o “Fora todos”,“Nem direita, nem governo” e “Eleições gerais”?

Milhões de jovens saíram às ruas em 18 e 31 de março.
Centenas de estudantes lutam contra o golpe em comitês nas universidades e escolas públicas.
A juventude brasileira se espalha nos shows, praças, bairros e nas ruas aos gritos de “Não vai ter golpe”.
Sabem que é o seu futuro que está em jogo e a principal ameaça são os golpistas: Serra quer entregar o Pré-sal, Alckmin fecha escolas, Cunha quer reduzir a maioridade, Bolsonaro impedir a legalização do aborto…
Mas o que dizem o Juntos/PSOL e a Anel/PSTU?
Estes que se dizem de esquerda defendem: “Nem direita, nem governo, eleições gerais” e “Nem PT, nem oposição. Fora todos. Eleições gerais”.

Cartaz “fora todos” do PSTU é usado por coxinhas que acampam em frente à FIESP

O esquerdismo junto com os golpistas
Defender novas eleições é o mesmo que defender o impeachment, pois significa retirar, sem motivo, a presidente Dilma, eleita em 2014. Isso é golpe!
Como disse um dirigente nacional do PSOL (partido contra o impeachment): eleições é um “Fora Dilma envergonhado”.
Ninguém menos que Renan Calheiros (PMDB) defende “eleições gerais (presidente, Câmara e Senado) como forma de buscar uma solução”, além do jornal burguês Folha de São Paulo e da queridinha das multinacionais, Marina Silva.
Vergonha! Esse é o nome dessa “esquerda” que se junta aos golpistas!

USP: a “esquerda” se recusa lutar contra o golpe
Na USP, o DCE (dirigido pela Anel/PSTU e Juntos/PSOL), em conjunto com o Sintusp (filiado a Conlutas, ligado ao MRT e PSTU) inventou uma paralisação dia 31/3 com uma longa pauta, justa em si, mas sem falar nada da conjuntura, nem a sua própria posição. A paralisação – que esvaziou a universidade – poderia ter sido convocado em qualquer dia, mas escolherem o 31. Coincidência?
Nesse mesmo dia, milhares de jovens, estudantes e trabalhadores se manifestavam nas ruas do país contra o golpe.
No fundo, a intenção dos esquerdistas era bloquear a luta contra o golpe que só faz crescer na USP.
É criminosa esta atitude que ajuda os golpistas a impedir os estudantes irem às ruas!

“Lava jato: investigação imparcial para punir todos”
A Anel diz que os políticos investigados pela Lava jato devem ser “investigados de forma imparcial e punidos severamente” e o Juntos aproveita-se dos vazamentos seletivos e grampos ilegais pra fazer coro com o “combate a corrupção”. E o pior, ambos negam a existência do golpe! O PSTU afirma que “Fora Dilma é majoritária na classe trabalhadora e esmagadora na maioria da população”(!). De novo, de braços com a Folha que diz ter uma “imensa maioria favorável ao impeachment”.
Essa “esquerda” apoia o combate a corrupção da Lava jato do juiz Moro que atropela os direitos democráticos, prende Lula, grampeia Dilma e é o instrumento dos golpistas no Brasil para atacar os direitos e as organizações populares.
O Juntos e a Anel agem como se fosse ser preservados, mas se enganam: não estarão livres das garras da direita pró-imperialista.

Agora, é hora de barrar o golpe!
Não temos dúvidas que na base do Juntos e da Anel tem militantes honestos e que devem estar se perguntando, porque a posição de suas organizações anda lado a lado com a da direita mais reacionária? Essa mesma direita que apoia o ajuste fiscal que a juventude e os trabalhadores com suas organizações lutam contra e exigem que Dilma mude a política!
A estes militantes fazemos um chamado, agora é a hora de lutar contra o golpe!
São dezenas de comitês nas universidades que preparam, nesta semana decisiva, as manifestações, paralisações e atos de rua dos dia 15 e 17 de abril.
É hora da juventude, junto com a UNE, CUT e movimentos, irem as ruas barrar esse golpe do judiciário!
A Juventude Revolução chama os jovens a somarem-se a esta luta.
Lutem conosco!

Não vai ter golpe! Vai ter Pré-sal pra educação!

Conselho Nacional da Juventude Revolução