A Secretaria Operativa nacional da campanha do Plebiscito popular por uma Constituinte, da qual a Juventude Revolução faz parte, anunciou ontem, 24/09, o resultado oficial do Plebiscito. Foram 7.754.436 votos, sendo que desse total 97,05% disseram SIM a uma constituinte para a reforma do sistema político.
Um resultado histórico, que exigiu de centenas de organizações uma luta intensa neste ultimo período, com a construção de milhares de comitês e a abertura de dezenas de milhares de urnas em todo o país.
Um resultado obtido apesar dos obstáculos no caminho, a começar pelo silêncio absoluto da grande mídia e as tentativas de proibição exercidas por governos estaduais do PSDB. A Juventude Revolução pôde constatar em diversos momentos a censura de governos como Alckmin em São Paulo, que proibiu a coleta em escolas estaduais e em parques, chegando a expulsar militantes que dialogavam com a população.
Houve ainda boicote por parte de organizações e grupos. Mas o resultado não deixa margem de dúvida sobre a opinião da população. Perderá o bonde da história quem continuar de fora dessa luta.
A Constituinte pela reforma política é fundamental para avançar na democracia e destravar o caminho para a realização das mudanças profundas necessárias, como a reforma agrária, a reestatização do que foi privatizado, a desmilitarização da PM e outras demandas.
O resultado da votação reata com as manifestações de junho de 2013, quando a juventude levantou os gritos “vocês não nos representam” e “com esse congresso não dá”, porque, de fato as atuais instituições, com regras herdadas da ditadura, são um obstáculo no caminho do povo. Não por acaso a juventude aderiu em massa à campanha.
Agora é a hora de organizar a entrega em Brasília e exigir que Dilma encabece a luta!
Nos dias 14 e 15 de outubro vamos à Brasília levar o resultado, que será entregue aos três poderes, o presidente do STF, o presidente do congresso nacional e principalmente a presidente Dilma. A entrega ocorrerá em meio à V plenária nacional do plebiscito popular. O próximo passo é conseguir pressionar o congresso para que aprove um decreto legislativo convocando um plebiscito oficial por uma Constituinte para reforma política. E para isso é fundamental que Dilma encabece a campanha e faça esse debate diretamente com o povo. Ela mesma propôs a questão em junho de 2013 e está mais que provado que esse congresso que está aí, e que há anos fala em reforma política, não será capaz de fazer uma reforma que cace seus próprios privilégios.
Para reforçar essa luta é hora de organizar a militância para ir Brasília nessa data e mobilizar também em Brasília para a grande luta que temos pela frente. Afinal, quase 8 milhões mostraram. É preciso dar voz ao povo. Constituinte já!
Luã Cupolillo, é membro do Conselho Nacional da JR