Estácio Castanhal (PA) altera arbitrariamente a modalidade do curso de pedagogia para o EAD. Estudantes preparam mobilização do curso

Os estudantes do curso de pedagogia da Estácio em Castanhal receberam a imposição da faculdade de que o curso seria alterado para a modalidade de Ensino à Distância. Com isso, diversos estudantes relatam prejuízos com aumento na carga horária do curso e confusão no histórico acadêmico com prejuízos na formação. 

Érica é estudante do 7º semestre de pedagogia da faculdade privada.

No dia 25 agosto tivemos reunião que contou com a presença dos estudantes do curso de pedagogia, militantes da JR do Pará e nosso diretor de assistência estudantil da UNE, Victor Caique.

Segundo relatado, no final do semestre anterior, durante as avaliações finais a coordenação do curso repassou a informação aos representantes de turma que o próximo semestre seria alterado para a modalidade EAD. Entretanto, os estudantes do curso não foram comunicados e quando iniciou o semestre foram pegos de surpresa com a alteração.

Os estudantes reclamam que foram incluídas novas disciplinas aumentando a carga de matérias no semestre necessárias para formar no tempo previsto, o que fará com que muitos estudantes atrasem a graduação. Além disso, apresentam que desde o início do curso boa parte das disciplinas que deveriam ser presenciais foram dadas na modalidade EAD, mesmo pagando mensalidade de curso presencial.

Como solução para o problema, a coordenação tem orientado analisar caso a caso dos estudantes, sem abrir margem para garantir o ensino presencial dos estudantes.

A história começou com o problema no semestre passado. Júlio César era representante de turma e a coordenadora do curso informou que o próximo semestre do curso seria EAD. O aviso foi somente para os representantes e foi feito no período final das provas, o que dificultou a divulgação. Além disso, teve aumento na grade curricular com a inclusão de novas disciplinas.

Os estudantes reclamam que a faculdade jogou a responsabilidade nos discentes fazendo com que tenham que bater histórico por histórico na secretaria para tentar resolver o problema do número a mais de disciplinas, inclusive de disciplinas já cursadas. Um estudante relatou durante a reunião que “acha muito difícil voltar o presencial porque desde o início do curso só teve 1 a 2 semestres presencias e o curso foi praticamente online. No final, pagava preço de presencial com aula online.”. Outra estudante afirma que “a reivindicação no mínimo é formar naquilo que está previsto para a gente.” e que “não aceita que os estudantes sejam divididos com resolução individual dos problemas.”.

Agora, os estudantes se articulam para denunciar no Ministério da Educação e na Defensoria Pública os problemas do curso, visto que a faculdade sequer respeitou os trâmites regulados pela portaria 2117 do MEC. Também estão construindo um abaixo-assinado para organizar a mobilização no curso para pressionar pela resposta de suas reivindicações.

A Juventude Revolução do PT se soma nessa luta! Diversas universidades privadas têm aproveitado a brecha dada pelo Governo Bolsonaro para reduzir e fechar cursos presenciais e transformar em EAD. Muitos estudantes têm pagado mensalidade de curso presencial e continuam sem aulas equivalentes. Só a luta dos estudantes pode dar resposta a essa situação!

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