Os núcleos da JRdoPT Rio Grande do Sul tem realizado um esforço para retomada das atividades e discussão, frente às dificuldades colocadas pela catástrofe climática que arrastou o estado em 2024. As chuvas que assolaram o RS desde o fim de abril causaram estragos que até hoje seguem sem resolução e afetam diretamente a vida dos jovens e trabalhadores gaúchos. As inundações afetaram um total de 458 cidades, o que corresponde a mais de 90% dos municípios gaúchos, com mais de 2 milhões de pessoas impactadas e mais de 180 mortos. Dessas, milhares de pessoas perderam suas residências, o que ocasionou em acolhimento emergencial em abrigos do interior à capital. De acordo com o censo dos abrigados divulgado pela Defesa Civil, mais de 69 mil pessoas estiveram vivendo em abrigos no estado. Destes, 30% são crianças e adolescentes.
A juventude gaúcha, além de lutar pela reconstrução de suas vidas, agora deve enfrentar uma perigosa ameaça de fechamento e privatização de escolas. O governo do estado planeja avaliar o fechamento de unidades que foram prejudicadas pelas inundações, além de retomar projeto de 2023, que tem o objetivo de selecionar empresas para “parceria público-privada” (PPP) que inclui repasse ao setor privado de diversos serviços em escolas da rede pública estadual. O projeto abrange 4,2% da rede estadual e irá afetar 56 mil estudantes de 15 municípios, incluindo os principais municípios da região metropolitana, assim como a capital, Porto Alegre.
De acordo com o jornal Zero Hora, o governo do Estado realiza levantamento das escolas devem ser reconstruídas em outros endereços e não descarta que, em razão da enchente, algumas fechem em definitivo. São mais de 381 mil dos 741 mil alunos da rede estadual que tiveram o ensino prejudicado, uma vez que houve suspensão das aulas por tempo considerável. No total, mais de 1.066 escolas foram afetadas em 251 cidades. Pelo menos 579 foram danificadas pelas enchentes.
O fato é que Eduardo Leite, assim como representantes desta mesma política nos municípios, como é o caso do prefeito Sebastião Melo em Porto Alegre, buscam aproveitar-se da catástrofe para avançar ainda mais na destruição dos serviços públicos e da educação, ao mesmo tempo em que alimentam o capital financeiro. Seguem as “doações” de pechincha em setores que lucram bilhões e a reconstrução do estado virando um negócio imperdível.
A JRdoPT RS prontamente reuniu seus núcleos para discutir a situação, irá realizar panfletagens e mais atividades, mobilizando em defesa da educação pública e da reconstrução imediata das escolas. Realize esse combate conosco! Filia-se à JRdoPT!
/
Márcia Damke (CNJR – JRdoPT RS)