Desde a sangrenta ditadura de Pinochet o ensino superior chileno é na sua grande maioria privado e pago com altos custos. Dessa maneira os estudantes são submetidos a longos financiamentos e em muitas vezes impedidos de cursar a faculdade por não terem dinheiro suficiente.
Há muito tempo, estudantes chilenos se mobilizam por uma Reforma Universitária que coloque na ordem do dia uma universalização pública e gratuita das universidades no país.
Nesta terça-feira os estudantes saíram mais uma vez nas ruas de Santiago exigindo do governo a extinção do pagamento dos financiamentos da educação, pauta que não estava no projeto do governo de Reforma Universitária.
A polícia reprimiu durante várias vezes a Marcha Estudantil que estava pacífica, prática recorrente nas manifestações estudantis no país.
Nas redes sociais, a Confederação de Estudantes do Chile deu o tom da manifestação que percorreu pela segunda vez neste ano as ruas de Santiago: “Nós nos mobilizamos pois a educação deve ser um direito”.
Os líderes estudantis apresentaram no final da marcha uma proposta com o cancelamento dos débitos que será entregue ao governo.
“Exigimos o fim da dívida educacional, particularmente da CAE, uma dívida que prejudica milhares de estudantes após a graduação da universidade”, disse à AFP Pedro Saavedra, um estudante de direito de 23 anos.
No momento de golpe no nosso país, o governo Temer também tenta impor aos estudantes o fim da educação pública, através do sucateamento e de ameaças do MEC em cobrar mensalidades.
Não aceitaremos! A educação deve ser pública e de responsabilidade do Estado.
Apoio total aos estudantes chilenos!!
Mateus Marin, militante da JR-SP