João Pedro Mattos, adolescente de 14 anos, torna-se mais uma vítima da política de segurança pública genocida do Estado. Ontem, dia 18 de maio, o adolescente morreu, vítima de um tiro na barriga enquanto estava na casa de seu tio, no complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, após operação policial. O jovem brincava no quintal, como toda e qualquer criança, quando a polícia ao invadir a residência, efetuou disparos contra o adolescente. A operação contou com a polícia civil, federal e apoio da militar.
O que nos alerta é que João Pedro não foi o primeiro e nem será o último jovem negro no Brasil a ser executado pelas forças policiais. O que vemos no Brasil é uma guerra do Estado contra o povo mais pobre, principalmente, os jovens pretos e pretas do país. Essa guerra começa pela repressão policial e se desenvolve na falta dos serviços públicos que são sucateados e, como vemos hoje com o governo Bolsonaro, se reflete na falta de leitos e de estrutura para o combate a pandemia. João Pedro, assim como Agatha Félix, são a fotografia de um Brasil que não permite, principalmente, aos pobres e negros do país, o direito de viver. de ser crianças, adolescentes, de ter futuros e sonhos.
O pai de João Pedro afirmou que a polícia de Witzel tirou não só a vida de um adolescente cheio de sonhos, como também a vida de toda uma família. A família que ficou sem respostas e noticias sobre João, após o corpo de bombeiro, sob insistência da família, socorrer o jovem, virou a madruga a sua procura, encontrando-o somente no IML – Instituto Médico Legal -. A falta de informação e como ocorreu o “socorro” ao jovem, demonstra o total descaso com a vida do povo!
A lógica da segurança pública pautada na guerra é o que norteia as forças do Estado contra o povo. A morte de João Pedro em ação conjunta da Polícia Federal e Civil, estão sob responsabilidade tanto do governo autoritário de Bolsonaro, quanto de Witzel – defensor de execuções com tiros na “cabecinha” – coloca o sangue desse jovem nas mãos de ambos. A Juventude Revolução do PT repudia a morte de João Pedro que se torna mais um na estatística do genocídio da juventude preta do país.