Esse domingo a JRdoPT marcou presença nos portões do ENEM discutindo com os participantes o verdadeiro descaso do governo com o exame. Muitos relembraram que na consulta do MEC votaram para o exame em maio mas o governo ignorou a opinião estudantil. Outros reclamaram das condições sanitárias, da preocupação de haver transmissão do vírus na sala. Discutimos que o governo deveria usar os 7 milhões de testes de COVID estocados para garantir um ENEM seguro. Em Brasília/DF um participante comentou que sentiu revolta com o que viu na primeira fase, as pessoas sendo impedidas de entrar porque a sala lotou, por falta de planejamento do governo. Mas o principal problema era a falta de preparação, em Volta Redonda/RJ muitos comentavam que “o ano letivo de 2020 não valeu, a gente não conseguiu estudar”. Apresentamos que o ideal era a reaplicação ser garantida a todos que foram prejudicados por quaisquer desses aspectos. No geral existe desconfiança se o INEP vai conceder a reaplicação em fevereiro para todos os prejudicados.
A abstenção bateu novo recorde na segunda etapa, alcançando 55%, o ministro da educação se esquiva dizendo que o número alto se deve ao número de treineiros que optaram por se abster na pandemia. Mas os números mostram um problema muito mais grave, a abstenção saltou num ENEM que já havia batido o recorde de menos inscritos. A conta do MEC não bate. A abstenção no Exame é resultado do descaso do governo com a educação, que não dá nenhuma segurança para o retorno presencial e nem mesmo garante condições para o acesso ao ensino remoto.
O INEP anunciou que a solicitação da reaplicação pode ser realizada até o dia 29 de janeiro. O prazo curto e os critérios adotados podem impedir muitos inscritos de realizar a prova. O melhor caminho era garantir a reaplicação a todos, como será feito no Amazonas onde não teve prova. E dar condições sanitárias reais, a partir da testagem em massa dos participantes.
Veja aqui o texto do panfleto da JRdoPT e os cartazes pela reaplicação do Enem
