Em defesa da educação pública, na luta por um futuro!
Nenhum corte na educação, nenhuma escola fechada!
2015 terminou com uma importante vitória para a juventude brasileira: os estudantes em São Paulo obrigaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a recuar do seu plano de reorganização, que pretendia fechar centenas de escolas e salas de aula. Com mais de 200 escolas ocupadas, muita organização e disciplina, os estudantes – que contaram com enorme apoio popular, dos sindicatos e de trabalhadores – mostraram que lutar é o caminho para a defesa da educação pública, do direito da juventude – o nosso direito – a estudar e ter um futuro digno. Isso porque a escola está ameaçada, não só em São Paulo, mas em todo o país, como demonstra a luta dos estudantes de Goiás contra a militarização e a entrega das escolas às “organizações sociais”, empresas privadas que administram escolas públicas.
Defender o ensino público contra o ajuste
A política de ajuste fiscal do governo Dilma continua cortando gastos sociais em nome do “superavit primário”, destinado ao pagamento de juros da dívida, que engorda o bolso de banqueiros e especuladores. Combinado com a política de juros altos, o resultado é o aumento do desemprego e a recessão.
Só no ano passado, R$11 bilhões foram cortados da educação. As universidades não tem dinheiro para pagar segurança, limpeza, contas e a assistência estudantil sofreu severos cortes. No Ensino superior são milhões de jovens disputando as vagas, que deveriam continuar crescendo para que todos tivessem o direito a estudar gratuitamente. Outros milhares brigam pelas vagas do FIES e do Pronatec, reduzidas com o corte. O ajuste atinge também os estados e municípios, diminuindo a arrecadação e os investimentos públicos.
A educação básica que já sofria com a falta de investimentos, com escolas sem laboratórios, bibliotecas ou quadras cobertas, com professores mal remunerados, está agora ameaçada com o fechamento de salas, das próprias escolas ou com a privatização.
Para justificar os ataques à educação, se inventam todo tipo de desculpas ou teorias. Em SP, por exemplo, Alckmin se esconde atrás da “reorganização em ciclos” (uma tentativa de dividir as escolas, separando ensino médio do fundamental, facilitando a aplicação da “aprovação automática”), tudo para cortar gastos, enquanto rouba o dinheiro da merenda.
Mas por trás das desculpas, das falsas justificativas, estão os interesses daqueles que querem preservar o sistema capitalista com “tudo” que ele tem a nos oferecer. Nessa crise os empregos, que já começam a faltar para a juventude (quando existem!) são sempre os mais precários, e agora ainda se fala em aumentar a idade para a aposentadoria com uma reforma da previdência, o que na prática significa que os jovens terão que trabalhar mais para ter o direito a se aposentar.
A juventude negra brasileira tem sido alvo de um verdadeiro genocídio nas periferias. São mais de 30 mil jovens mortos por ano, grande parte assassinados pelas mãos de uma polícia militarizada. A juventude quase não tem acesso ao lazer, à cultura e a diversão. Nas periferias há poucas opções e o preço do deslocamento, sem passe livre estudantil, inviabiliza nossas possibilidades. O que nos oferecem são as drogas, que alienam e destroem e a repressão. Portanto, não é casual que enquanto querem fechar escolas e tirar nossos direitos, tentam diminuir a idade penal para encarcerar em massa a juventude.
Lutar por um futuro pra juventude!
Destruição do ensino, desemprego, a alienação, a destruição pela guerra, em nome do “combate ao terrorismo”, é isso que o Imperialismo apresenta como perspectiva. É isso que buscam ao avançar sobre o continente da Venezuela à Argentina, quando atacam a Petrobras, pressionando pela sua privatização. Nós não aceitamos!
Organize-se, Lute conosco!
A Juventude Revolução esteve na luta em defesa da educação pública em 2015 e seguirá nesta luta em 2016. Nós estivemos nas ruas, com a juventude, ao lado dos trabalhadores e suas organizações, contra a tentativa de golpe da direita e contra o ajuste fiscal, exigindo que Dilma mude a política econômica. E estivemos em diversas outras lutas. As lutas da juventude são também as lutas da JR.
Em cada sala de aula, escola ou universidade, nós combatemos pela mais ampla unidade dos estudantes e suas entidades pelo atendimento das nossas reivindicações.
Para discutir a situação e organizar essas e outras lutas a JR realizará entre os dias 26 a 29 de maio seu 14°Encontro Nacional em São Paulo. Pra garantir nossa independência financeira e política, esse Encontro será totalmente auto-financiado, isto é, bancado com a contribuição de militantes e simpatizantes.
Participe da preparação do 14º ENJR, venha discutir conosco nos núcleos por todo o país. Lute conosco!