Após décadas sob um sistema educacional construído na ditadura de Augusto Pinochet, o congresso Chileno aprovou no dia 24 de janeiro, a lei do ensino superior que estabelece a gratuidade universal.
Vigente desde 1980, o sistema educacional chileno tirou a responsabilidade de fornecer uma Educação pública, gratuita e de qualidade. Destruiu as universidades públicas e jogou a formação superior nas mãos da iniciativa privada com uma das mensalidades mais caras do mundo.
Uma vitória para os jovens chilenos que há anos se mobilizam contra o sistema educacional e lutam por uma reforma universitária. Com a conquista, a juventude do país poderá ter acesso ao conhecimento científico, fruto do acúmulo coletivo e social de dezenas de gerações. Vitória que remete ao manifesto de Córdoba, onde em 1918 os estudantes argentinos colocaram para todo o continente o problema da autonomia, da mais ampla liberdade para a universidade financiada pelo Estado responder aos problemas do desenvolvimento da nação elevando as condições de vida do povo.
Enquanto isso aqui no Brasil, a política de ajuste fiscal e as medidas adotadas depois do golpe, colocam em cheque a Universidade Pública que temos hoje. A EC 95 (antiga PEC 55) congela por 20 anos as verbas para saúde e educação, a expansão Universitária também parou. A existência das Universidades Públicas brasileiras estão ameaçadas. Hoje, a defesa das universidades e dos serviços públicos passa pela defesa da candidatura do ex-presidente Lula. O único candidato com condições reais de pôr um fim nas “reformas” do governo golpista através de uma Constituinte Soberana, para reverter a EC 95 e aplicar uma política econômica voltada para as demandas juventude.
Não aceitaremos retrocessos! A educação deve ser pública e de responsabilidade do Estado.
P.H – Militante da JR-AL