Volta a tramitar no congresso nacional a Lei da mordaça, com mais força, ainda mais após o resultado das eleições, marcada pela continuidade do golpe que Bolsonaro representa. Bastaram poucos dias para o PL 7180/14, do deputado Flavinho (PSC-SP), denominado “Escola Sem Partido” ser colocada na ordem do dia na Comissão Especial na Câmara dos Deputados. A votação foi adiada, graças ao combate das entidades estudantis e sindicais que dedicaram peso em bloquear essa ação, porém já imediatamente remarcada. Diante disso, precisamos mobilizar em todos os locais possíveis, atividades para barrar esse retrocesso.
É a censura que o “Escola Sem Partido” pretende
A lei da mordaça fere o direito dos estudantes de terem livre acesso ao conhecimento científico, como se não bastasse a contra-reforma do ensino médio (sendo também apoiadores), que retira do currículo escolar obrigatório disciplinas das áreas de ciências humanas e naturais, agora querem AMORDAÇAR a liberdade dos estudantes e professores, prejudicando o processo de ensino e aprendizagem.
Não podemos aceitar esses ataques. Tais tentativas de proibir autores ou assuntos com a desculpa fajuta de “doutrinação” significam proibir parte do conhecimento humano e científico. Além de expressar a face autoritária dos apoiadores desse projeto de lei, entre eles o próprio Bolsonaro, que não aceita a livre organização dos estudantes e trabalhadores da educação.
Portanto, nos somemos às iniciativas construídas para combater a Lei da Mordaça, com os Grêmios, entidades estudantis estaduais, UBES, UNE, ANPG e os sindicatos dos trabalhadores. É nesse caminho que vamos construir a resistência e preparar a contra-ofensiva em defesa dos nossos direitos, da autonomia das escolas e universidades e da democracia.