No dia 6 de maio, cerca de 150 estudantes do CEM (Centro de Ensino Médio) Setor Leste de Brasília se mobilizaram em uma passeata que partiu do Banco Central até o Palácio do Buriti (sede de trabalho do governador).
O objetivo dessa passeata, decidido pelo conselho de Grêmios, que reunia entidades de várias escolas, foi a entrega de uma carta de reivindicações ao governo por melhorias nas escolas englobando: reformas estruturais, fim da cobrança de taxas, cobertura das quadras de esporte, ampliação do passe livre e construção da Universidade Distrital.
A comissão de negociação foi recebida pela assistente do secretário de governo Paulo Tadeu e deixou um prazo de 30 dias para sinal de melhora nas escolas, marcando uma reunião de negociação direta com o Secretário para o dia 21 deste mês.
A passeata deveria ter ocorrido com estudantes das 06 escolas do Plano Piloto (centro de Brasilia), mas foi dividida por militantes da União da Juventude Socialista (UJS) e do Partido Pátria Livre (PPL) que romperam com o mandato do conselho de Grêmios.
Coincidindo com a passeata dos estudantes, foi marcado um ato pela redução da taxa de juros organizado pela CTB (central dos trabalhadores do Brasil, entidade comandada pelo PC do B, fruto da divisão da CUT). Aproveitando a situação para tentar acobertar a politica de Agnelo, se recusando a ir até o palácio do governo, militantes da UJS e do PPL na direção do grêmios do CEM Elefante Branco e do CEM Gisno traindo o que havia sido deliberado no Conselho de Gremios, tentaram abortar a passeata e permanecer no Banco Central para o ato da CTB, defendendo claramente o interesse de seus impulsionadores (PCdoB e PPL) ao invés de defender o interesse dos estudantes, os quais representam.
Como se não bastasse, além de não deixarem estudantes falarem no carro de som os militantes da UJS e PCdoB com o microfone ainda tentaram manipular e convencer os estudantes do CEM Setor Leste a não seguir em passeata e permanecer no Banco, onde estava claro que não seria tirado nenhum encaminhamento visando o atendimento das reivindicações levantadas pelos estudantes.,
Depois de muita insistência e com apoio de militantes da Juventude Revolução, os estudantes partiram em passeata e cumpriram seus objetivos. Para a JR os interesses particulares de cada organização politica não pode estar acima do mandato definido pelos estudantes em uma instancia como o conselho de Grêmios. Os grêmios são livres e devem continuar livres! E É Agnelo, do PT, quem deve atender as reivindicações que estão na ordem do dia!
Hélio Barreto, é diretor da UBES e militante da Juventude Revolução