Com palavras de ordem exigindo o passe livre estudantil, a punição dos torturadores e assassinos da Ditadura, contra o genocídio da juventude negra e exploração das mulheres, estudantes secundaristas, universitários e jovens trabalhadores foram às ruas nesta quinta, 11 de abril, na Jornada de Lutas da Juventude Brasileira. O ato ocorreu no percurso da Praça do Campo Grande à Praça Castro Alves, e contou com a presença de centenas de jovens.
A Juventude Revolução Bahia esteve presente, colocando no centro do debate a punição dos assassinos e torturadores da Ditadura. Com pirulitos e uma fala aberta aos jovens, a JR Bahia destacou a importância deste debate, destacando a morte de dois jovens do Movimento Estudantil, Edson Luis e Honestino Guimarães, jovens militantes mortos pela Ditadura, onde o segundo ainda nem teve seu corpo encontrado. Distribuímos o manifesto da JR que trata da Jornada para dialogar com os jovens presentes no ato da necessidade de punir os criminosos da ditadura.
Além da punição, outras pautas foram colocadas no ato, como a não criminalização dos movimentos sociais, que hoje se expressa através da AP 470, conhecido como “mensalão do PT”, onde direções do partido foram julgadas pelo STF e condenadas sem provas. Se faz necessário também varrer os entulhos da ditadura, como a policia militarizada que é grande responsável pelo genocídio da juventude negra. Em nosso estado, cerca de 25 jovens, a maioria negros, são mortos por final de semana, vítimas da ação da Polícia nas favelas através das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), supostamente presentes nas favelas com o papel de “proteger” a população, mas que atira primeiro e pergunta depois.
A Juventude Revolução manterá a luta pela punição dos torturadores, convocando organizações estudantis e jovens a somarem esta bandeira que coloca no centro a defesa à democracia, à memória, e acima de tudo, a justiça.
Só haverá verdade quando houver justiça!
Punição dos torturadores e assassinos da Ditadura Militar!
Clara Lima, militante da JR Bahia