Juventude do Paraguai na rua!

No dia (05/03), trabalhadores da saúde, estudantes, movimentos sociais, camponeses e povos indígenas do Paraguai foram às ruas pedindo a renúncia de Mario Abdo Benítez por sua má gestão na pandemia. As manifestações prosseguiram, com muita repressão –  mais de 20 pessoas foram feridas por balas de borracha. Alejandro Daniel Florentín, de 32 anos, que participava da manifestação, foi assassinado pela polícia.

A nota que a CUT soltou publicamente mostra que “a quarentena revelou a verdadeira cara desta administração estatal, que prioriza os interesses de alguns grupos políticos e econômicos – a elite – por cima dos interesses de 99% da população, deixando de lado as necessidades básicas de todo o nosso povo”. Desses manifestantes, a maioria esmagadora que está nas ruas é a juventude que grita “que se vayan todos” (fora todos). Esse movimento espontâneo partiu do sentimento da população de não suportar mais a situação de corrupção, desprezo e ataques às condições de vida da maioria esmagadora do povo, o que ficou ainda mais patente com as medidas adotadas diante da pandemia. Foi visto isso com o amigo do presidente Benítez, o então ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, que foi alvo de denúncias de corrupção envolvendo compra de vacinas.

O Paraguai nos mostra que só a continuidade da mobilização popular, com a participação dos setores organizados da classe trabalhadora, do campesinato e da juventude, é que pode abrir uma saída positiva. Os nossos companheiros paraguaios seguem reivindicando a renúncia de Benítez e seu vice, Hugo Velázquez, e a convocação de eleições nos prazos constitucionais. E pedem a provisão permanente de medicamentos e insumos médicos gratuitos para toda a população e a aquisição de vacinas para ser administrada a toda a população de maneira gratuita – conforme direito constitucional à saúde gratuita. Outras reivindicações são a suspensão de despejos das famílias paraguaias indígenas, camponesas e dos assentamentos e o início de um processo que resolva definitivamente este problema estrutural; além da recuperação da soberania energética sobre Itaipú e Yacyretá.

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