MP 905: Congresso retira mais direitos dos jovens

No meio da pandemia a Câmara dos Deputados se reuniu para aprovar o Contrato de Trabalho Verde-Amarelo, um novo modelo de contratação de jovens instituído por medida provisória do Bolsonaro em novembro que tem ainda menos direitos do que a atual CLT (a carteira de trabalho azul) que já teve boa parte mutilada pela reforma trabalhista. 

Ouvimos a mesma ladainha contada na reforma trabalhista e da previdência: menos direitos para criar mais empregos. Mas o desemprego continua na casa de 12 milhões de pessoas. Para “estimular” contratação o governo vai dar isenção de vários impostos para as empresas e reduzir os “custos” do emprego diminuindo, por exemplo, o percentual do FGTS e o valor da multa de rescisão além de acabar com a contribuição da empresa na previdência do jovem. Nesse contrato aí o salário não passa de 1558 reais.   

Rodrigo Maia, presidente da câmara, que tinha dito que o congresso trabalharia no consenso e só em temas relacionados ao corona vírus mostrou mais uma vez que está do lado de Bolsonaro na hora de retirar direitos do povo. Não adota as principais medidas para proteger o emprego e a renda das famílias, faz o contrário disso quando permite que as empresas contratem jovens com ainda menos direitos. 

A medida agora vai para discussão no Senado e a CUT com às demais centrais estão na pressão para que ela não seja aprovada. Queremos uma perspectiva de futuro com serviços públicos de qualidade e empregos dignos. Somos contra esse contrato verde-amarelo, não queremos escolher entre empregos e direitos. Mas além desse combate nós sabemos que enquanto esse governo Bolsonaro estiver de pé os ataques ao povo e a juventude serão diários. A vida do povo não pode esperar 2022 chegar pra mudar essa situação, precisamos dar um fim nesse governo o mais rápido possível. 

Katrin, JR-DF

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