No dia 05/11/2015, ocorreram as eleições para o Diretório Acadêmico do curso de Direito da UniFOA Volta Redonda/RJ.
A chapa “Tô na Luta”, que concorreu para a próxima gestão, e ganhou, reivindicava direitos para os estudantes: independência estudantil, uma central de xérox no prédio de Direito, defesa do FIES e bolsa FAAC (bolsa interna da instituição) e lutar por mais projetos científicos, sendo que a instituição não investe em tais projetos e corta o salário dos professores em torno de 11% no que tange as iniciações científicas.
Apenas por reivindicar tais direitos, a reitoria passou a se atentar às ações eleitorais da chapa. Comprova-se isto com os seguranças colocados no dia 05/11 para impedirem campanha eleitoral (prejudicando também a outra chapa), e barrando pessoas que não são alunos da instituição para serem apoios no período de votação!
Observou-se o desrespeito com os estudantes a partir do momento em que, primeiramente, a UniFOA impede a independência do movimento estudantil quando não garante , por exemplo, uma central de xerox e, para além disto, é latente o desrespeito com as eleições para o novo diretório quando há privação de direitos estudantis, direitos estes que garantem também a autonomia. A burocratização da universidade perpassa direitos conquistados anteriormente pela luta dos estudantes em uma esfera nacional.
Além disto, os seguranças da UniFOA, no dia de votação, impediram os estudantes das chapas de chegarem perto da urna, como também eram quem ditavam como seria todo o processo eleitoral! Na apuração de votos, foi necessário um segurança na contagem, com apenas cinco pessoas dentro de uma sala trancada, com mais três seguranças do lado de fora, e ao final, a ata foi encaminhada para a secretaria do curso de Direito, e não ao presidente do antigo DA, ou o presidente da comissão eleitoral, ou a presidente da chapa vencedora! Tentaram ao máximo evitar o clima agitativo de campanha eleitoral.
Não bastando, a presidente da chapa vencedora encontra-se amedrontada, já que houve murmúrios que, se sua chapa ganhasse, haveria problemas em esferas maiores da instituição, como problemas com a reitoria, que se sente ameaçada com a chapa, já que esta demonstrou não abaixar a cabeça para os problemas latentes na instituição. A estudante, que é conhecida por fazer parte de movimentos estudantis, e é militante da Juventude Revolução, sente-se ameaçada perante atitudes do corpo docente, visto que suas atitudes estão tendo grande repercussão. Grande exemplo disto foi quando ela e mais outras meninas da chapa foram até um desembargador, ao final de sua palestra, apontar o racismo e misoginia em suas falas, e esta atitude foi comentada de forma negativa pelo corpo docente em sala de aula. Não bastando, sabe-se que qualquer tipo de movimentação estudantil que tange a formação crítica é barrada na instituição, sejam alunos ou professores, de forma NÃO aleatória, marcados por não suportarem tamanha ilegalidade, visto que a organização estudantil e a autonomia são direitos garantidos em prol do crescimento do corpo discente.
Esse é um ataque inaceitável à independência do movimento estudantil e à luta de todo e qualquer estudante! A União Nacional dos Estudantes (UNE) precisa se pronunciar a respeito! Mais do que nunca a unidade dos estudantes precisa ser fortalecida para evitar que ataques como esses aconteçam!
Secretaria Nacional da Juventude Revolução