Não ao golpe! Eu quero a Dilma que eu elegi!

Sem grandes surpresas, Eduardo Cunha (PMDB), reacionário que preside a Câmara, resolveu dar abertura ao processo de impeachment da presidente Dilma, numa óbvia resposta à posição acertada da bancada do PT pela continuidade das investigações que podem levar à sua cassação. Uma última carta na manga de quem depende de chantagem para se sustentar à frente da Câmara.

O impeachment se orienta pelo argumento de que Dilma não cumpriu metas de superávit primário ao longo do seu último mandato. Quer dizer, querem condena-la porque não foi até o fim nas exigências do imperialismo de tirar das verbas dos serviços públicos e programas sociais para saldar juros de uma dívida que já foi paga. E não foi até o fim porque a classe trabalhadora e a juventude fez um duro combate nas ruas.

Depois de uma eleição em que o movimento da classe trabalhadora e da juventude reelegeu Dilma claramente contra o retrocesso representado na candidatura de Aécio (PSDB), tudo o que não queremos é o programa dos derrotados nas urnas sendo aplicado, nos mergulhando ainda mais no desemprego e sucateamento dos serviços públicos. Ficar refém do PMDB, por outro lado, em nome da “governabilidade”, fazendo todo tipo de concessão às chantagens, foi como jogar gasolina no meio do fogo. Deu no que deu.

Portanto, devemos ter claro: CUNHA PREPARA UM GOLPE! O capitalismo em crise precisa destruir todo resquício de luta da classe trabalhadora, inclusive as suas organizações. Cunha é um representante da burguesia que personaliza em sua figura o que há de mais podre no Congresso Nacional.

A Juventude Revolução, que ajudou a eleger Dilma, se posiciona contrária a GOLPE e sairá às ruas defendendo o mandato dado a Dilma na forma (a democracia) e no conteúdo (contra o ajuste fiscal, em defesa dos direitos)!

A única classe capaz de defender a democracia esteve presente nas ruas durante todo o ano para preservar direitos conquistados. Agora é hora de manter essa luta e sair ás ruas para gritar Fora Cunha, e contra o golpe. Antes tarde do que nunca, é momento também de Dilma mudar a política econômica, demitindo Levy e aplicando o mandato popular que recebeu no ano passado, com 54 milhões de votos.

Conselho Nacional da Juventude Revolução