Plenária Nacional do plebiscito Constituinte em Brasília entrega resultados a Dilma e define próximos passos da campanha

Num auditório lotado com quase 1000 pessoas sob a atmosfera contagiante dos gritos entoados de: “O povo já decidiu, Constituinte pra mudança do Brasil” e “Dilma, não hesite assuma a Constituinte”, a Presidente Dilma, que tem nosso apoio para a reeleição, recebeu os quase 8 milhões de votos recolhidos em todo país do plebiscito popular. A entrega dos resultados abriu a V Plenária do Plebiscito em Brasília, realizada na semana passada.

Na ocasião, Dilma disse não acreditar numa reforma política oriunda do atual Congresso Nacional e reiterou sua confiança nos movimentos sociais para o avanço da discussão e continuidade da mobilização para concretização de um plebiscito oficial que consulte sobre uma Constituinte e outras questões como o fim do financiamento privado de campanha.

Um passo e uma vitória da campanha até aqui, ainda mais que dois dias depois Dilma integrou a entrega num programa de TV de sua candidatura.

Um ato acalorado também marcou a entrega dos resultados no Congresso Nacional na terça – feira (14/10) , no qual obtivemos apoio de diversos parlamentares que buscam a aprovação de um Decreto Legislativo através do recolhimento de assinatura dos parlamentares, para propor um plebiscito oficial, com a mesma pergunta que o plebiscito popular. Até o momento cerca de 168 assinaturas foram colhidas para protocolar e fazer tramitar o decreto (São necessárias 171).

O último dia da Plenária traçou algumas iniciativas para o próximo período como a confecção de um jornal de balanço da entrega e do resultado, previsto para a semana de 9 a 15 de novembro (quando a campanha faz um ano) para retomarmos a discussão nos locais de votação e mantermos o funcionamento dos comitês.

Lamentavelmente o Levante Popular da Juventude e outras organizações, não aceitaram a proposta defendida pela JR de que a carta emanada da Plenária explicasse o que está em jogo na situação eleitoral para a campanha pela Constituinte e concluísse pelo chamado ao voto Dilma. Sob o estranho argumento de que isso “engessaria” a campanha (querem faze-la com quem faz a campanha para Aécio?) essas organizações que declaram voto em Dilma, não perceberam que o maior perigo para a campanha está justamente no vitória de Aécio, que só admite uma reforma política que aumente a dominação da burguesia, e que é necessário um diálogo com os 8 milhões que votaram no plebiscito, e com outros tantos milhões, especialmente de jovens, que desiludidos com o sistema político se abstiveram no 1 º turno das eleições,  explicando a situação.

De nossa parte, nos próximo dias, faremos uma batalha pelo voto Dilma pela Constituinte, para combater o retrocesso e abrir caminho para as mudanças que queremos!

Ricardo Cavalcanti, é membro do Conselho Nacional da JR