Polícia Militar de Alagoas agride aluno dentro da sala de aula

No dia 24 de maio, no Bairro do Poço, uma região periférica da capital Alagoana – Maceió – a Polícia Militar (Batalhão de Polícia Escolar) dirige-se até a escola a Escola Estadual Campos Teixeira para averiguar uma denúncia de tráfico de drogas e o uso de arma de fogo dentro da escola.

Durante a “abordagem”, melhor falando, durante o modo operandis da PM dentro das regiões periféricas, um policial agride sem motivo um estudante que está sentado e que aparentemente fala alguma coisa para o policial que se descontrola e começa um processo de agressão covarde contra o estudante, que acaba gerando uma confusão generalizada dentro da sala de aula (como podemos ver no vídeo a seguir).

Segundo os estudantes, “foi o policial que agrediu o aluno. Digo isso porque foi na minha sala e eu vi tudo. Ele deu no aluno só porque estava olhando pra ele e começou a alterar a voz. Quando foi falar com o menino deu na cara dele e enforcou; todo mundo começou a gritar e se revoltar e chegaram mais policiais” (GazetaWeb) relata uma jovem. Para os veículos de comunicação do estado, a PM foi agredida pelos estudantes, criminalizando os alunos e colocando a PM como vítima. Para o secretário de segurança do estado, toda ação foi feita dentro da técnica e não houve excesso. (Gazetaweb)

A desastrosa atuação da PM-AL aconteceu a noite, o único horário que estudantes que trabalham dispõe para estudar, na busca de alcançar uma condição melhor. Entretanto, para um dos policiais, que não hesita em dizer que a grande maioria ali são de bandidos, marginais (G1-Alagoas)

O fato é que o vídeo mostra o despreparo da PM para oferecer segurança para a sociedade, principalmente para jovens negros e pobres, por outro lado mostra um enorme preparo em bater primeiro e perguntar depois, em agredir qualquer um de acordo com sua vontade, é mais um dos sinais de falência desta instituição herdada da ditadura militar que não oferece segurança para a sociedade, e que pode ser agravado com o estado de exceção que está se formando em nosso país. A desmilitarização da polícia está mais que nunca na ordem do dia, precisamos de uma Constituinte para jogar fora todas as instituições apodrecidas e construir um modelo de polícia que realmente faça a segurança da sociedade. Estão corretas a UBES e a AESA em tomar posição diante desta situação, publicando uma nota de repúdio e entrando com ação na Defensoria Pública do Estado.

Vladimir da Silva – militante da Juventude Revolução

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