O final de 2021 foi marcado, na Bahia, por fortes chuvas. Desde novembro, mas com mais força em dezembro, causaram inundações, alagamentos e enchentes. O que resultou em destruição por todo o estado, com ainda mais impacto na região sul. Cidades como Ilhéus e Itabuna tiveram ruas inteiras inundadas, casas destruídas, famílias desalojadas. A Defesa Civil do estado da Bahia divulgou os seguintes registros: 24 vítimas fatais, mais de 53 mil desalojados e 629 mil pessoas afetadas de alguma forma pelas enchentes.
A chuva é, em parte, fatalidade da natureza. Em parte porque esses “acidentes naturais” tendem a aumentar pela forma predatória como os capitalistas exploram a natureza, basta relembrar o rompimento da barragem em Brumadinho/MG. Mas o impacto na vida do povo, sobretudo mais pobre, após essa sequência de chuvas, nem de perto é inevitável. Os mais pobres, trabalhadores, perdem tudo o que tem, muitas vezes até a vida. E a dificuldade aumenta por conta da destruição dos serviços públicos aplicada pelos governos e prefeituras, com cortes de verbas e privatizações, seguindo à risca as exigências do imperialismo.
Em momentos como esse, redes de solidariedade são formadas por iniciativa social, mas é necessário identificar e cobrar os responsáveis por resolver a situação. Enquanto o povo tenta se ajudar diante da emergência, governos e prefeituras incentivam tais ações, mas são cúmplices da tragédia. Agravante é a insuficiência de verbas que chegam do governo federal. Bolsonaro genocida segue empurrando o país no caos e na miséria – ao mesmo tempo em que as famílias sofriam, ele passeava de férias, um esculacho.
Há saída para essa situação! Ela passa por exigir desses que são responsáveis, medidas emergenciais para atender a população, como reconstrução de casas, escolas, hospitais, auxiliar os comércios locais afetados; auxílio de emergência para as famílias afetadas; o que coloca a necessidade de uma maior distribuição de recursos nesse momento, de responsabilidade do Governo Federal.
Nós da Juventude Revolução do PT nos colocamos ao lado dos movimentos sociais que lutam em defesa dos direitos da juventude, dos trabalhadores e pelos serviços públicos! Que a solidariedade com os nossos companheiros afetados pelas chuvas seja acompanhada pelo enfrentamento àqueles que lucram com a tragédia, a exigência de ações por parte do Estado, pois a conta dessa tragédia não é das famílias trabalhadoras. Nesse sentido nos somamos a essa luta.
Anita Mazzei – JR de Vitória da Conquista/BA