Na quinta-feira, 26/08, A JR realizou uma reunião com estudantes de Letras da Universidade de Brasília para identificar e propor reivindicações frente aos problemas emergentes que existem no curso.
Diversos foramgerados pelo ensino remoto, como a dificuldade de comunicação entre o Instituto de Letras e os discentes. Muitas oportunidades e informações são perdidas por conta dessa falta de informação, especialmente na assistência estudantil (bolsas). Existe dificuldade em acessar a plataforma utilizada (SIGAA) que é instável e os documentos pedidos são muito difíceis de serem conseguidos dentro do prazo. Outro problema é a dificuldade de integração dos calouros com os veteranos e professores, causando um afastamentodos novos estudantes, prejudicando desempenho acadêmico e saúde mental desses.
Todos os fatos citados foram consequências da aplicação do ensino remoto na Universidade de Brasília. A dificuldade de comunicação e de interação entre estudantes facilmente poderia ser resolvida se o ensino presencial e seguro fosse adotado, principalmente porque seria possível, de fato, conversar cara-a-cara com os servidores e estudantes da UnB.
Essas e outras demandasserão encaminhadasna construção dachapa ao Centro Acadêmico de Letras (CALET), que atualmente está em processo eleitoral. Estiveram presentes diversos discentes interessados na luta política e também interessados em construir uma chapa para o CA. É de extrema importância escutar os estudantes e anotar suas reclamações com a universidade e com a vida estudantil. Vamos à luta por uma universidade melhor através do Centro Acadêmico.
Também concluímos que as dificuldades que passamos decorrem da negligência do governo de Bolsonaro e os generais e da crise do capitalismo. Com programas como a assistência estudantil, iniciação científica e oportunidades acadêmicas deixadas de lado e sendo sucateadas cada vez mais, os estudantes demonstram um descontamento gigantesco. “Parece que a gente luta, luta, luta e nunca saímos do lugar.” disse Fábio Teixeira, estudante de Línguas Estrangeiras Aplicadas na UnB. Outros estudantes disseram que a luta é ainda mais fundamental quando feita de forma conjunta, pois assim é possível não desanimar e pensar formas coletivas de lutar por um futuro melhor.
E a luta continua! Vários presentes decidiram participar da JRdoPT. A militante Isabely Rodrigues, afirmou que “O individualismo é um dos pilares do capitalismo, deixa-nos egoístas, onde o lucro é mais importante que o bem-estar do nosso igual e a burguesia se beneficia com a perda da nossa humanidade. Por isso, inclusive, que a nossa luta em conjunto é o maior medo deles, por sairmos da amarra do capital e da obediência cega, portanto lutemos!”. A luta coletiva é a forma que os jovens estão se encontrando para construir um futuro melhor, pois no coletivo somos mais fortes!!
Clara Gonçalves, da JR na UnB