Na ultima quinta-feira, 30/03, Maria Eduarda Alves da Conceição, com apenas 13 anos, enquanto fazia aula de Educação Física no patio da Escola Municipal Daniel Piza, em Acari (Zona Norte do Rio de Janeiro) foi assassinada. Foi executada com três tiros: um na cabeça, um na nuca e outro nas costas. “A família gritava: “a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro matou minha irmã “.
De acordo com Anderson, tio da menina, contrariando aqueles que dizem ter sido uma bala perdida, diz que “na verdade não foram balas perdidas. Bala perdida é um tiro só. A verdade é que a viatura da PM estava do outro lado do rio (Acari) E, ao avistar aquela movimentação, eles apontaram e abriram fogo. Não quiseram saber quem estava do outro lado, no colégio.”
Infelizmente isso não é uma novidade. A juventude, e especialmente a juventude pobre e negra, sabe muito bem que isso não é um caso isolado.
A Policia Militar do Rio de Janeiro é recordista em assassinato de jovens inocentes. A PM que tem um treinamento militar de enxergar o povo como inimigo em potencial, de “atirar primeiro e perguntar depois”, não faz outra coisa senão aumentar cada vez mais o genocídio da juventude.
Só ver que neste mesmo dia, também em Acari, dois policiais foram flagrados em vídeo executando dois homens caídos no chão. E estes policiais estão envolvidos em 37 autos de resistência (uma desculpa para matar, sair impune e não ter perícia no local).
Essa guerra aos negros e pobres, que só faz morrer jovens nas mãos da PM, só tende a piorar. E uma saída para este problema passa por mudar a estrutura, desmilitarizar a policia militar (como recente pesquisa indica que 70% da PM é a favor) para que a policia não tenha mais um treinamento de matar, e sim uma outra abordagem.
Nós da Juventude Revolução nos solidarizamos aos amigos e familiares da vitima!
CNJR – Conselho Nacional da Juventude Revolução