Na última semana os estudantes da Universidade de Brasília protagonizaram uma grande mobilização contra o aumento de 160% do valor das refeições do Restaurante Universitário. A proposta vem sendo analisada desde dezembro e foi adotada sob a justificativa da necessidade de ajustar as contas da UnB aos cortes impostos pelo MEC de Michel Temer.
O DCE UnB foi convocado para uma reunião com a administração sobre o tema e lá lançou posição incondicional contra qualquer tipo de aumento nas refeições, o que seria, na prática, aceitar os cortes na educação e o vigor da E.C 95. Uma reunião de mobilização foi preparara para 30/01 e, mesmo com a urgência, a maioria dos estudantes de férias e sem passe livre, mais de cem estiveram reunidos para debater a situação e preparar um ato que ocorreria dois dias depois, durante a realização do Conselho Administrativo da UnB, que votaria a proposta de aumento.
Neste ato, novamente muitos estudantes compareceram e através de palavras de ordem exigindo o respeito às instâncias democráticas da UnB e que a reitoria fizesse a luta pela reversão dos cortes ao invés de aplicá-lo conseguiram postergar a votação. Tempo importante para aumentar a mobilização à medida que o período de aulas se aproxima.
Os militantes da Juventude Revolução ajudaram a desenvolver a mobilização e agitaram a necessidade de conectar as reivindicações da universidade com a crise nacional da educação, resultado da crise de representação de um país sem democracia desde o golpe, mergulhado num estado de exceção. Dissemos que voltar a batalhar uma educação pública, gratuita e de qualidade, precisamos defender o direito de candidatura de Lula, único que eleito pode convocar uma assembleia constituinte soberana para revogar as medidas golpistas (como a E.C 95) e abrir via pras reformas que queremos.
A mobilização contra qualquer retrocesso e retirada de direitos continua.
Hélio Barreto, Coordenador Geral do DCE
Militante da JR-UnB