No dia 20 de novembro de 1695 era assassinado aquele que foi a maior referência na luta contra a escravidão do povo negro no Brasil: Zumbi dos Palmares, líder do maior e mais duradouro quilombo da história deste país, o Quilombo dos Palmares.
Quase 400 anos após a sua luta, o povo negro continua sendo vítima da exploração e do extermínio operado pelos brancos que ontem eram senhores de engenho e hoje se tornaram os capitalistas.
Os negros são aqueles que ocupam os trabalhos mais precários, recebem 40% a menos que os brancos e são a maioria dos desempregados (63,9%) (PNAD, 2019). Todo esse contexto coloca a população negra em péssimas condições de sobrevivência, o que a torna vítima de inúmeros interesses como os do tráfico de drogas, de empresas religiosas, da indústria do álcool etc. e faz de nós as maiores vítimas dos homicídios (75,5%) e da violência policial (75,4%). Entre os jovens com idade entre 15 e 29 anos, o percentual é de 77,9%, um verdadeiro genocídio (Mapa da Violência, 2019; Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2019).
A juventude negra quer viver!
Nacionalmente, vemos o avanço da política do extermínio. No Rio de Janeiro, casos como o da menina Ágatha refletem a barbárie promovida pelo governador Witzel, comparsa de Bolsonaro.
Em outros estados como a Bahia por exemplo, governada pelo PT, a ação da polícia não foge à regra. Recentemente, moradores de um bairro da periferia protestavam contra a falta de água, quando a polícia, ao chegar, efetuou disparos e atingiu uma moradora dentro de casa, que não resistiu e morreu. Rui Costa, de onde veio esta ordem? É inadmissível que um governo petista seja destaque nos índices de genocídio do Brasil!
O extermínio da juventude negra passa pelo combate da desmilitarização da PM, bem como pela garantia de acesso à saúde e educação públicas, passe livre no transporte, cultura esporte e lazer. A juventude negra não quer ser jogada nas drogas, no tráfico, na violência. Chega de ser alvo do fuzil da PM!
No dia 20 de novembro, vamos às ruas lutar contra a retirada de direitos e contra a prisão política de Lula, que tem como objetivo ampliar a matança com as medidas Moro/Bolsonaro, propondo a legalização do genocídio, com o pacote anti-crime apresentado pelo juizeco que prendeu Lula.
Fim do genocídio da juventude negra!
Anulação dos processos contra Lula!
Dixon, membro do Conselho Nacional da Juventude Revolução do PT