Crise sanitária: O problema é o capitalismo!

A pandemia do corona vírus não é fruto de um acaso, e ela não criou nenhuma crise econômica. Ela evidenciou uma crise que já existia. Basta lembrar que o desmonte de vários sistemas de saúde foi uma resposta à crise que estourou em 2008. Agora trabalhadores de saúde em vários países lutam para conseguir equipamentos de proteção para combater o vírus e preservar vidas. Quem achou que a resposta do sistema a essa situação seria buscar salvar vidas se enganou, os poderosos querem salvar seu próprio bolso. É tudo em nome do lucro!

Esse é o rosto do sistema capitalista, que com a ajuda de vários tipos diferentes de governo, vem retirando nossos direitos e destruindo os serviços públicos a anos. Na pandemia não é diferente. Tomamos de exemplo o estado de emergência aprovado em Portugal, uma proposta do governo que contou com apoio dos partidos de esquerda no parlamento que suspende vários direitos trabalhistas durante a pandemia, inclusive o direito de greve! Criando a falsa polêmica de “salvar vidas ou salvar a economia” empurram milhares de trabalhadores, em especial os jovens, a empregos sem direito e sem proteção. 

Frente a essa catástrofe gerada pelo capitalismo, trabalhadores de diferentes áreas e idades se jogam na resistência. A raiva e a insatisfação crescem. Nos EUA, centro do mundo financeiro, a galera dos aplicativos fez paralisação para exigir equipamentos de proteção e um auxílio emergencial. Na Itália, onde todos conhecem a gravidade da crise de covid-19, começaram a surgir várias greves para paralisar serviços que não são essenciais ou dar proteção adequada nos serviços fundamentais. Existem outros exemplos.

Aqui no Brasil essa raiva se reflete no rechaço crescente ao bolsovirus que temos como presidente. Ele sai pelas periferias do DF ajudando a proliferar o vírus e incita manifestações contra o isolamento social, faz da ciência seu verdadeiro inimigo. Além disso aprova medidas como a MP 936 que deixa os trabalhadores sem nenhuma segurança, num contexto onde milhares de jovens estão sendo demitidos como relatamos nos postos de call center. A população indignada grita e bate panela nas janelas de forma quase espontânea. Cada vez mais fica claro que já deu desse governo.

É para preservar a vida e os nossos direitos que os trabalhadores têm resistido em vários cantos do mundo. Essa hora é de aglutinar toda a insatisfação que se acumula contra o sistema e vários governos como o bolsonaro que trabalha para proteger o lucro ao invés do povo. Uma mensagem de solidariedade e um chamado ao intercâmbio da resistência foi emitido por Luiza Hanune (Argélia) e Dominique Canut (França) na última carta do Acordo Internacional dos Trabalhadores e dos Povos. Aqui no Brasil, essa resistência passa por dar um fim no governo bolsonaro, como disse a JPT em nota. Queremos o PT na linha de frente desse combate necessário para vencer a crise e retomar uma perspectiva de futuro digno para os jovens. 

Katrin – militante da JR DF

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