Na última terça feira, dia 8 de março, em Juiz de Fora, em um ato conjunto com diversas organizações e movimentos, celebramos o dia Internacional da Mulher. Com o tema unificado “Pela vida das mulheres, Bolsonaro nunca mais” e nós mulheres petistas também afirmamos “Pela vida das mulheres, Lula lá”, pois sabemos da importância de ainda no início do ano eleitoral marcar nossa certeza que apenas com o Lula será possível reverter todas as atrocidades cometidas desde o Golpe da presidenta Dilma Rousseff.
As jovens da Juventude Revolução estiveram em toda preparação do evento, que junto à outras mulheres foi possível construir um ato unificado que ocorreu em três momentos: um primeiro momento em que nos reunimos na Praça da Estação onde mulheres de diversos partidos, movimentos sociais, organizações e vertentes falaram sobre o quão importante é a luta da mulher trabalhadora em um momento de crise e instabilidade política e econômica. Em um segundo momento, marchamos em direção à frente do Cine-Theatro Central. No momento em que eram entoadas gritos que enfatizavam a importância do feminismo, como o grito “Feminismo é revolução”, nós da Juventude Revolução puxamos o grito de insatisfação ao governo Bolsonaro com o “Ninguém aguenta mais, fora Bolsonaro e seus generais”, e que “o preço da comida não pára de subir, Ei Bolsonaro eu vou fazer você cair”. E outras palavras de ordem também surgiram entre as manifestantes, não só em fala, mas em cartazes e faixas, como a exigência de “creche para todas”, a afirmação de que “vidas negras importam” e a urgência de “gás no fogão, comida na panela e Lula lá”, esse último carregado em formato de faixa por nossas companheiras do Diálogo e Ação Petista (DAP) que também distribuíram pirulitos e panfletos.
Ao final, já em frente ao Cine-Theatro, houve uma série de manifestações culturais, contando com a presença de importantes organizações da cidade, como o grupo Ingoma, a cantora Alessandra Crispim, entre outros. Também houve a participação dos educadores do SINPRO que estavam em assembleia e nos encontramos neste momento para somar nossas lutas e reivindicações.
A JR somou à marcha com a faixa que dizia “Não à Guerra”, o motivo da escolha dessas palavras de ordem é por conta do efeito da guerra em relação às mulheres. Também distribuímos nosso panfleto que explicava um pouco mais sobre a situação atual da Guerra. É importante salientar que a JR do PT se posiciona a favor da paz e da fraternidade entre os povos. Declaramos que somos contra a guerra e a exploração de qualquer tipo, e nesse 8M reforçamos que estamos ao lado tanto do povo ucraniano que tem sofrido por uma guerra que não pertence a eles, acometidos pela perda de jovens que são obrigados a perder a própria vida para defender o interesse dos donos do poder. Mas também estamos ao lado do povo russo que declara ser contra esta guerra montada pelos imperialistas dos Estados Unidos da América, pela Otan e por Vladmir Putin.
O motivo de levar o “Não à guerra” para o dia de luta das mulheres se deplo fato de que Tanto mulheres ucranianas quanto mulheres russas são afetadas, onde mães perdem seus filhos, esposas perdem seus maridos, o que resulta em mulheres sendo obrigadas a assumir toda a carga de trabalho e responsabilidade pelo sustento das crianças, além do maior risco de serem violentadas e estupradas por estarem em um espaço de ruptura da normalidade. Não podemos nos esquecer a quem serve a guerra, em sua maioria homens da burguesia, capitalistas detentores do poder em busca de aumentar cada vez mais sua riqueza. Assumimos, assim, nosso posicionamento ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras e seus filhos que são afetados por uma guerra que não pertence à eles.
Esse dia a luta se faz necessário, por isso tantas reivindicações foram levantadas por aquelas que estavam nas ruas no dia 8 de março, e podemos afirmar com certeza que elas estarão na rua durante todo esse ano, para continuar a luta por tantos direitos que nos são negados.
A luta se faz todo dia!
Sarah Affonso – JR juiz de fora