Estados Unidos entra em sétimo dia de protestos antiracistas.

Depois do brutal assassinato de George Floyd  por policiais brancos em Minneapolis nos Estados Unidos, o país retoma os protestos pelo sétima dia consecutivo. Os protestos já atingiram mais de 50 cidades do país e obrigaram o presidente Donald Trump a se esconder em um Bunker no subsolo da Casa Branca.  Com ampla participação da juventude, as manifestações pedem justiça para George Floyd, além de outras palavras de ordem contra o racismo institucional nos Estados Unidos e pedindo a prisão e condenação dos policiais que assinaram George.

A polícia americana tem reprimido com bastante violência os protestos e em Nova York foi decretado toque de recolher com a tentativa de evitar mais uma noite de manifestações. Mesmo com a mobilização de milhares de americanos e a manifestação de diversos artistas e atletas, o governo Trump, principal figura do imperialismo, demonstra publicamente o seu caráter racista querendo desqualificar o movimento. Isso nos remonta a frase do grande militante da África do Sul, Steve Biko: “racismo e capitalismo são duas faces da mesma moeda”.

A morte de George Floyd resultou em explosões de atos por todo o país e pelo mundo. A fúria que foi despertada nos Estados Unidos é a revolta dos povos, que se alastra pelo mundo todo contra o próprio sistema capitalista, que se alimenta da desigualdade social, racismo, e destruição dos povos. Nos EUA, a camada mais explorada e que mais morre, como resultado deste sistema, são os afro-americanos. Como exibido em recente vídeo da manifestação, uma jovem questiona: – “Por que nós temos que ser pacíficos?  Por que temos que ser pacientes?” Esse é o sentimento dos trabalhadores e juventude dos EUA e do mundo, que percebem, nas suas vidas, que este sistema não apresenta nenhuma saída à humanidade. A solidariedade aos manifestantes explodiu no mundo inteiro, inclusive no Brasil.

Rio de Janeiro

Em ato no Rio de Janeiro, PM aponta fuzil à manifestante

No estado onde a violência policial no mês de maio teve aumento em 43%, ao se comparar com 2019, segundo matéria da Folha de São Paulo, as mortes de jovens negros tornou-se cotidiana. O caso mais recente que marcou o país foi o do jovem João Pedro que, com tiro nas costas após ação da Polícia Civil, veio a falecer. Poucas horas depois houve ação policial na Cidade de Deus e outras favelas. Todas com óbitos. Esta semana a polícia matou dois moto-taxistas, jovens trabalhadores, ao “confundirem” com bandidos. O que há em comum entre Rio e EUA é que as forças policiais do Estado têm como inimigo e alvo negros e negras, em sua maioria, jovens. 

Em solidariedade a Gorge Floyd é que ontem, dia 31/05, atos foram convocados na cidade do Rio de Janeiro, em frente ao Palácio da Guanabara, local oficial do governo do estado, para dizer à PM de Witzel que não aceitaremos mais mortes de inocentes.  O sentimento dos manifestantes do Rio é o mesmo dos manifestantes dos EUA, que é o mesmo de diversos jovens negros pelo mundo, que veem no capitalismo um sistema opressor e, que usa a sua polícia para matar e reprimir.”


Jeffei (RJ) e João (SP)

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