Os estudantes da Universidade Federal da Bahia, no dia 6 de junho, em uma assembleia geral deliberada pelo Diretório Central dos Estudantes no seu 7º Congresso de Estudantes da UFBA, com cerca mais de mil estudantes presentes, decretou greve estudantil. Esta greve foi decretada tendo como eixo as últimas mobilizações realizadas nos meses de Setembro e Outubro de 2011, quando O Movimento Estudantil organizou uma carta de reivindicações dirigida à Reitoria contendo 37 pontos com diversas reivindicações gerais e específicas, como 15% do orçamento da UFBA e 1,3 bilhão do orçamento geral para Assistência Estudantil, mais Restaurantes e Residências Universitárias, retorno do transporte intercampi, o BUZUFBA, materiais didáticos, enfim, por uma educação pública, gratuita e de qualidade, dentre outras pautas.
A Reitoria respondeu apenas a algumas pautas, estabelecendo prazos, que até agora não foram cumpridos. Assim, a greve estudantil retoma tais questões, e colocam como central a exigência à Reitoria o atendimento às reivindicações. Já foram realizadas duas assembleias para organização do comando de greve na universidade e o calendário de mobilização prossegue com aulas públicas, piquetes e outras atividades. Uma nova assembleia esta marcada para a próxima semana.
Os estudantes da UFBA também se unem a mais de 30 universidades que tiveram greve estudantil decretada por reivindicações como assistência estudantil, contratação de professores e outros e em apoio à greve dos docentes das IFES, na luta por plano de carreira, melhores condições de trabalho e salários . Nesse sentido, é necessário mobilizar os estudantes para que as greves saiam vitoriosas neste momento histórico para a classe trabalhadora e para os estudantes, onde diversas categorias decretam greve e as mantém firmes, como é a greve dos professores do Estado da Bahia, que há mais de 60 dias estão em greve exigindo a aplicação da lei do Piso Salarial Nacional. Também assim vem sendo a greve dos docentes, que na UFBA decretaram greve no dia 29 de maio e que constroem o comando de greve docente na base, exigindo o reconhecimento da luta e a construção do movimento pela direção do sindicato, a APUB, e a greve dos servidores técnico-administrativos, que na UFBA foi decretado por tempo indeterminado.
A União Nacional dos Estudantes têm o papel de organizar os estudantes a nível nacional e exigir do governo Dilma 1,5 bilhões para Assistência Estudantil, contratação de professores e técnicos administrativos e centrar a luta na universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.
Clara Lima, militante da Juventude Revolução, Salvador/BA.