A Confederação dos Trabalhadores em Educação (CNTE) está convocando uma greve da Educação para o próximo dia 15 de março. Já se somaram à greve a CONTEE (confederação que reúne professores e funcionários da rede de ensino privada) e o ANDES, sindicato nacional dos professores universitários.
Essa greve tem uma enorme importância, pois acontece no momento em que o governo golpista de Temer avança suas políticas de ataques contra a educação. Além da reforma do ensino médio aprovada no Senado, e dos cortes previstos na educação desde a aprovação da PEC 55, Temer quer acabar com o direito de aposentadoria especial dos professores, um direito necessário, ainda mais face às condições precárias de trabalho que enfrentam.
Reverter os cortes previstos, impedir o retrocesso da reforma do ensino médio e barrar a contra reforma da previdência não é tarefa fácil e só pode ser alcançada se conseguirmos unificar a luta dos professores, através da greve, com os estudantes e com o conjunto dos trabalhadores.
Por isso é dever das entidades estudantis como a UBES e a UNE se somarem a essa mobilização, realizando assembleias, levantando suas próprias reivindicações e apoiando os trabalhadores da educação.
Reunidos no 3º Encontro Nacional de Grêmios que aconteceu nos dias 30 de janeiro a 1º de fevereiro em Fortaleza, representantes de grêmios de todo o país compreenderam esta situação. O encontro aprovou uma resolução em que dizia que a UBES se somaria ao calendário de mobilização da CNTE, essa resolução foi lida e votada no plenário. Porém ao publicar a resolução no site, a parte que dizia que a entidade se somaria ao calendário de mobilização da CNTE foi simplesmente retirada do texto pela direção da entidade, majoritariamente ligada à UJS. Atitude lamentável.
Será que depois da alegada “tática” de apoiar o Voto em Maia, o golpista do DEM para presidente da Câmara, a UJS pretende abandonar a resistência às medidas do governo golpista?
É urgente que esse “erro” seja corrigido e a resolução correta, incluindo a decisão de participar da greve da educação, seja reintegrada e publicada. Ainda mais urgente é que a UBES inicie uma movimentação para ajudar a organizar os estudantes para esta greve, passando então da resolução escrita, mas escondida, à prática!
É dever da UBES como uma entidade que defende os direitos dos estudantes secundaristas se somar ao calendário de greve da CNTE, fazendo assembleia nas escolas, mobilizando os estudantes que se solidarizam com os trabalhadores da educação para fazer frente a política de ataques ao governo golpista de Temer.
É o que a Juventude Revolução vai procurar fazer nos próximos dias, com o retorno das aulas, defendendo em cada entidade estadual, municipal e em cada grêmio e junto de cada estudante a mais ampla e urgente mobilização!
João Santana, militante da JR-SP