Diversas organizações de jovens, entidades estudantis, grupos de RAP e Hip Hop estão preparando a terceira marcha contra as drogas e pelo fim do genocidio da juventude em Alagoas. A juventude Revolução é uma das impulsionadoras desse movimento. Leia abaixo o manifesto de convocação:
DROGAS NÃO! Queremos emprego, educação, reforma agrária, esporte, diversão e arte!
A violência vem aumentando ano após ano em Alagoas, que é o estado mais violento do Brasil. Em apenas cinco anos de governo Teotônio Vilela (PSDB) foram quase 12 mil pessoas assassinadas em nosso estado, fruto de uma política de desmonte dos serviços públicos e do total abandono da juventude. Maceió é a terceira cidade mais violenta do mundo.
Alagoas está no topo dos principais piores índices sociais: 1º lugar em analfabetismo e trabalho infantil; menor Índice de Desenvolvimento Juvenil (IDJ); último lugar em esgotamento sanitário; menor oferta de emprego; 35% da população vive abaixo da linha de pobreza (menos de R$ 150,00 mensais); pior distribuição de renda; estado que mais concentra terra na mão de poucos, etc. Esses ‘títulos’ que Alagoas coleciona, contrasta com um estudo que afirma que alagoas é o segundo estado onde mais cresce o número de milionários. Enquanto meia dúzia de usineiros e empresários vive no alto luxo, metade da população vive abaixo da linha da pobreza, sobrevivendo com menos de um salário mínimo.
Diante dessa situação de miséria e de pobreza extrema, o mercado da droga se instalou em Alagoas e se fortaleceu às custas de sangue e mortes dos filhos da classe trabalhadora. Essa violência tem classe e cor: são jovens, pobres e negros. São moradores de periferia, morros e grotas, que além de sofrer com o preconceito racial e social, sofrem com a violência do tráfico de drogas e com a ação truculenta da polícia.
A situação de miséria e exclusão empurra milhares de jovens ao ‘primeiro emprego’, vendendo crack nas esquinas. Em qualquer local se encontra jovens usando ou vendendo drogas. As escolas estão caindo aos pedaços, sem professores, cadeiras, merenda, bibliotecas, etc… Sem estrutura ou atrativos, as escolas estão perdendo os estudantes para o tráfico de drogas.
Às vezes a dureza da vida leva alguns ao consumo de droga para esquecer-se das dificuldades. É uma falsa saída! A massificação das drogas nas periferias faz parte da estratégia do imperialismo na busca de lucro, alienar e destruir fisicamente e mentalmente a juventude e a classe trabalhadora.
A solução não está na construção de presídios, compra de armas, alugando helicópteros e aumentando a repressão contra os trabalhadores e a juventude das periferias. A solução é garantir condições para a juventude viver dignamente! Garantir o direito a uma vida sem drogas, gerando mais emprego, reforma agrária, mais escolas, passe livre, construção de praças, quadras de esporte, área de lazer e centros culturais. Em setembro, a juventude do campo e da cidade vai dar o seu recado!
Participe da III Marcha da Juventude contra as drogas, que será realizada dia 19 de setembro de 2012!
Entidades e pessoas que assinam:
Juventude Revolução, UMESE, DCE-UNEAL, Grupos de Rap (Nova Nação, Durval Mc, Vozes Urbanas, Biografia Rap, Fantasma, Contenção Mc’s, Lokos Realistas, Missão Resgate)