Nos dias 21 e 22 a Juventude Revolução realizou em Brasília – DF a sua Plenária Nacional, que reúne coordenadores de núcleos por todo o país, para debater as principais tarefas diante da situação política, para avançar na luta em defesa da juventude em conjunto com classe trabalhadora e suas organizações. Preservando a sua independência política para discutir as necessidades da juventude, a PNJR foi totalmente autofinanciada, os delegados fizeram arrecadações nos estados para garantirem a participação na atividade.
A declaração política adotada constata a difícil situação pela qual está passando a juventude, um ano depois de: “Como disse um camarada na discussão ‘o que era sonho pra muita gente, está virando pesadelo’ se referindo a política de cortes do orçamento na educação que compromete o funcionamento das universidades, reduz as bolsas e paralisa a expansão. E não é só isso.
O desemprego atinge com força a juventude e leva uma parcela aos empregos informais sem nenhuma garantia trabalhista, enquanto cresce a evasão escolar e o número de crianças nos sinais, pedindo dinheiro.
A violência alcança níveis absurdos. A cada mil jovens, três são assassinados, E para um jovem negro a chance de ser morto é três vezes maior.”
Mas a declaração também afirma a necessidade de resistir e apontar uma saída política para a situação: “A única saída política para a situação só pode ocorrer através da luta coletiva, por meios democráticos. É o povo quem deve decidir o seu destino. Por isso é necessário a convocação de uma assembleia constituinte soberana eleita livremente – proporcional (um eleitor um voto), com voto em lista e financiamento público exclusivo.
Uma constituinte para refundar as instituições e abrir caminho para as reformas que o povo precisa: que possa revogar a emenda constitucional 95 (descongelar investimentos) e a reforma do ensino médio; que desmilitarize a PM que mata a juventude negra nas periferias; que legalize o aborto que cuja proibição é uma das maiores causas de mortes de jovens mulheres; que criminalize a homofobia, que mata uma pessoa LGBT a cada 25h no Brasil. Uma constituinte para reestatizar o que foi privatizado; recuperar o pré sal, fazer a reforma agrária, da mídia, tributária, a auditoria da dívida etc.
Para isso, o único caminho é a eleição de Lula, do Partido dos Trabalhadores, que a maioria do povo e da juventude em particular, vê, com razão, como a única possibilidade concreta de pôr um basta no cortejo de horrores de Michel Temer e desse congresso de bandidos e ladrões.”
A plenária encaminhou uma série de inciativas e adotou outras resoluções sobre organização, comunicação, finanças, universitários e secundaristas, que serão divulgadas aos núcleos em breve pelo CNJR.
Conselho Nacional da Juventude Revolução