Nas duas principais cidades de Mato Grosso, Cuiabá e Várzea Grande, o descaso dos governos municipais e estadual empurrou, com a pandemia do coronavírus, o povo trabalhador a morte e a doença. Com quase a totalidade de ocupação dos leitos clínicos e de UTI, a região metropolitana do estado enfrenta a maior crise sanitária de sua história. Segundo a Fiocruz, Mato Grosso é agora o novo epicentro da doença no país, o número de mortes dobrou em nove dias, esse foi o menor tempo em todo o Brasil. A situação tende a piorar devido às condições do sistema de saúde do estado que no dia 03/07 tinha 94% de taxa de ocupação nas UTIs e por ainda não termos atingido o pico.
Isso ocorre como consequência de política de privatizações de instrumentos de proteção social e terceirizações inconsequentes da gestão de hospitais municipais, por exemplo. Dessa forma, coube ao judiciário local decidir que, desde o dia 25/06/2020 as duas cidades entrassem, obrigatoriamente, em isolamento total de suas atividades não essenciais por 15 dias. Essa proposta, tinha com o objetivo frear o crescimento do número de casos e das mortes por covid-19 que aumentaram nas últimas semanas em todo o estado.
Todavia, os prefeitos municipais Emanuel Pinheiro-MDB e Lucimar Campos-DEM recorreram a essa decisão e ela não foi cumprida da forma como foi elaborada, assim, a própria decisão judicial foi ineficaz para solucionar, ou tentar solucionar, as afetações da classe trabalhadora. Os enfermeiros, principais no enfrentamento na linha de frente, não possuem equipamentos de proteção individual, estão com os salários atrasados e com poucos funcionários para atender a população e o grande número de casos. Os governos se mostram incapazes de apresentar uma saída que seja eficaz no cuidado da população.
Entendemos a necessidade dessa medida que os governos foram incapazes de adotar, porém ressalvando exigências para dar condições de isolamento ao povo trabalhador e a juventude. É necessário que exista testagens em massa da população para se ter um número real dos casos, aumento do número de leitos clínicos e de UTI em toda rede pública de saúde, garantia de EPI para os profissionais que atuam na frente dos casos, garantias de assistência social com renda mínima mensal, manutenção de empregos e salários, principalmente aos trabalhadores da iniciativa privada e autônomos. Essas medidas essenciais ao combate à COVID-19 deveriam ter sido tomadas desde o início, mas o recado que esses governos dão ao não executá-las é de que seguem a risca a cartilha da morte e do autoritarismo do governo federal de Bolsonaro.
Por isso, precisamos dar fim ao governo Bolsonaro e suas políticas de aliados locais a exemplo do governador Mauro Mendes-DEM e dos prefeitos municipais Emanuel Pinheiro-MDB (Cuiabá) e Lucimar Campos-DEM (Várzea Grande). Basta de descaso! Mais serviços públicos e proteção social ao povo mato-grossense!
No dia 10/07 (sexta-feira), estaremos mobilizados no dia nacional de luta pelo Fora Bolsonaro e em Cuiabá participaremos presencialmente de ato que acontecerá na Praça Ipiranga às 17h. Quer colar? Vem com a gente lutar pela expansão dos serviços públicos e pelo fim desse governo autoritário.
Núcleo de Cuiabá da Juventude Revolução do PT!