O governo autoritário de Bolsonaro mostra um descaso com a educação e sua incapacidade de atender nossas demandas. A luta continua após saída do Weintraub do MEC, trocar de ministro não resolve. Mesmo governo = mesma política.
Um mês é pouco. Defendemos o adiamento do ENEM pelo tempo que for necessário, enquanto o calendário presencial do ano letivo não for retomado para que nenhum estudante fique para trás! Não aceitamos ano letivo EAD deixando o estudante a sua própria sorte nos estudos. Exigimos educação pública de qualidade, por isso também lutamos pelo fim desse governo Bolsonaro inimigo da educação e estamos colocando nossa indignação nas ruas.
Enem é com ensino presencial
A campanha #AdiaEnem, protagonizada pelo movimento estudantil, impôs uma derrota ao governo que recuou da data inicialmente proposta pra prova. Mas a luta pelo adiamento continua, o recuo do governo não foi suficiente para atender nossas demandas. Agora querem jogar nas costas dos inscritos a decisão de quando acontecerá a prova, a tal consulta “democrática, sem a UNE”. Deveria adiar em definitivo! Os estudantes vivem um cenário de incerteza quanto ao seu ano letivo, por isso estamos junto com a UBES, UNE, CNTE (professores) e CONSEDE (secretários de educação), defendendo que a nova data do exame seja associada à volta das aulas presenciais na rede básica. ENEM é com ensino presencial!
Não aceitamos fechar o ano letivo de qualquer jeito!
Em todo o país governos estaduais propõem a retomada das atividades escolares. No geral, giram em torno de aulas online. Mas não procuram dar nenhuma estrutura pros estudantes. Falta garantia de alimentação fora da escola, espaço adequado para estudo em casa, acesso a internet boa e computadores. Educação pública é um direito social de todos os jovens, não só dos que têm melhores condições de vida. Por isso somos contra a decisão do MEC de adicionar atividades online à carga horária do ano letivo não levando em consideração que 30% dos brasileiros não têm acesso à internet e 70 milhões têm acesso precarizado. Ou seja, sem estrutura mínima pra estudar com dignidade. Não aceitamos fechar o ano letivo de qualquer jeito, prejudicando boa parte dos estudantes, em especial os mais pobres. Dizemos não ao ano letivo EAD!
A luta da juventude tá na rua!
Nas últimas semanas, os jovens têm sido protagonistas dos protestos de rua, não só no Brasil como em vários países. Estamos indignados com esse sistema que usa pandemia pra atacar nossos direitos. Lutamos pelo fim do governo Bolsonaro, em defesa das nossas vidas contra o genocídio da juventude negra e em defesa dos nossos direitos como o acesso a uma educação pública de qualidade.
Tá na hora da UBES somar nos protestos, afinal ela é a entidade que representa os estudantes secundaristas em todo o país, ajudando os grêmios estudantis e mobilizando os estudantes para defender seus direitos ao lado dos jovens brasileiros que estão lutando pelo fim desse governo autoritário!
Quer colar nos protestos? Vem com a gente! Participe das nossas reuniões e vamos dizer não ao ano letivo EAD e exigir o adiamento do ENEM. Chama a galera da tua turma, da tua escola pra lutar pelo fim desse governo Bolsonaro!
Leonardo Rondon membro do Conselho Nacional da JRdoPT
