Nas ruas, contra o aumento da passagem!

Pelo passe Livre Estudantil e a estatização dos transportes

O ano começou fervendo. Em diversas grandes cidades houve aumento de passagem, levando em várias dessas cidades estudantes e trabalhadores às ruas exigir a revogação do aumento.

Na imensa maioria das cidades o transporte público está entregue ao controle de empresas privadas, o que exige a manutenção de uma taxa de lucro, custo que é repassado ao bolso do trabalhador, de maneira direta (pelo valor da tarifa) ou indireta com o poder público bancando através de um subsídio. Com o ajuste fiscal e a consequente queda na arrecadação de estados e municípios muitos prefeitos e governadores, mesmo em ano eleitoral, decidiram repassar o aumento diretamente à população.

A Juventude Revolução tem participado das manifestações em São Paulo, no Rio, em Cuiabá, em Florianopolis – onde cerca de 300 estudantes participaram da primeira manifestação -, e outras ci dades, levantando não só a bandeira da revogação dos aumentos, mas defendendo também a necessidade de criar ou ampliar o passe livre estudantil e criar empresas públicas de transporte, rumo a completa estatização.

Em São Paulo a passagem passou de R$3,50 para R$ 3,80. As manifestações tem sofrido uma brutal repressão da PM comandada por Alckmin. (com o inadmissível meio silêncio de Haddad, que não condenou a ação). No dia 12/01 a segunda manifestação não chegou a sair da concentração. O Choque cercou a manifestação de todos os lados e fez chover bombas de gás e bala de borracha.

Repressão da PM em São Paulo. Assista aqui.

Mas apesar da repressão a luta continua e coloca a necessidade de superar a falta de democracia do MPL que define sozinho o trajeto, em atos em que não há carro de som pra organizar a manifestação, comissão de segurança feito pelos próprios manifestantes etc.

Além de exigir as reivindicações a JR tem discutido a necessidade criação de um comitê contra o aumento da passagem com entidades e organizações para que se crie um quadro democrático de organização e condução das manifestações.

(Texto publicado em janeiro de 2016, no boletim nacional da JR. Confira aqui!)