Nem o golpe e nem a repressão da PM irá parar nossa luta!

No dia 28 de Abril os trabalhadores e juventude de todo o Brasil, deram um recado muito claro ao governo golpista de Temer. Com a maior Greve Geral da história do nosso país, exatamente cem anos depois da primeira greve geral feita em nosso país, mais de 40 milhões disseram ao governo golpista, capacho dos interesses do imperialismo, que não aceitarão as reformas propostas por Temer e esse Congresso ilegítimo, que ataca direitos históricos da CLT e mexem na previdência, fazendo com que trabalhemos até a morte.

Em diversos locais a repressão policial foi forte, como no caso do estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, que ao ser agredido pelo policial militar Capitão Augusto Sampaio, teve fratura no crânio e se encontra internado na UTI do Hospital de Urgência de Goiânia (ao terminarmos de escrever essa matéria, fomos informados que o estudante Mateus Ferreira da Silva havia acordado, mas o estado dele ainda é considerado grave mas estável). A agressão do policial foi tão forte que o cassetete chegou a quebrar ao bater na cabeça de Mateus. E tão absurdo quanto isso é atitude da Assof-GO (Associação dos Oficiais da Policia e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás) de ter feito um café da manhã, no dia 04/05, em apoio ao Capitão Sampaio onde o presidente do orgão, Tenente Coronel Alessandri da Rocha Almeida, disse que não condena a atitude do colega, fez duras criticas ao comportamento dos manifestantes alegando que poderia ter sido evitado, que seria diferente se tivesse sido pacifico, no qual chamou os envolvidos de “terroristas”.

O Rio de Janeiro protagonizou um cenário de guerra. Segundo algumas pessoas que estavam no ato, os policiais já jogavam bombas desde as 15hrs da tarde em todo mundo que estivessem a caminho do centro. A repressão foi tão forte, que até o palco onde aconteceria o ato foi atacado com bombas de gás. Os manifestantes que não estavam usando de qualquer prática de depredação foram atacados da mesma forma como se estivessem quebrando vidros ou ônibus. O recado foi claro! Houve ordem de cima para que a manifestação não acontecesse. De quem? Ainda não sabemos. Poderia ser do governador Pezão, que vem tendo enfrentamento com os servidores públicos desde o fim do ano passado, ou até mesmo do grande escalão da polícia.

Mas o que é importante nesse caso é: a instituição polícia militar, uma das representações mais claras da podridão das estruturas brasileiras, não está no ato para proteger a população. Como um braço armado do Estado, essa instituição é feita para reprimir e matar, como vemos todos os dias nas periferias brasileiras. Ao entender isso, diversas organizações organizam seus militantes para que se protejam no ato, cuidando de suas colunas. É algo que nós da Juventude Revolução fazemos. Porém no meio dos atos e atividades políticas, algo é muito comum: pessoas infiltradas. Em 2013 o Brasil conheceu a tática dos Black Blocs. Tática essa que desde que apareceu foi denunciada por nós da JR. Os Black Blocs, ao invés de ajudarem nos atos, jogam para a confusão. Os mascarados permitem, de forma muito fácil, a infiltração de policiais em suas fileiras, o que ficou muito claro nas jornadas do meio do ano de 2013, que resultou na repressão de diversos manifestantes, até mesmo os que não aplicavam as táticas do BB -Black Blocs -. Além do mais o radicalismo infantil dos Black Blocs, que tomam suas decisões ao seu bel prazer, sem discutir com o resto do conjunto do ato, coloca em risco todos os manifestantes, pois abre flanco para a repressão desproporcional da polícia militar, que espera apenas uma “argumentação” para que possa reprimir todo o ato.

No Rio de Janeiro, cidade marcada pela força que os Black Blocs ocupam, a polícia reprime antes até do ato começar, justificando estar evitando o quebra-quebra na cidade. Sabemos muito bem que não é real. A repressão é a tentativa de calar os trabalhadores e juventude de se manifestar e combater o governo Temer. Nessa lógica, a tática Black Bloc serve mais como um braço de ajuda à PM, do que ajudar a manifestação ganhar força com suas organizações e combater fortemente o governo do golpista. Num momento como esse é mais do que necessário estar organizado! Nós, da Juventude Revolução, entendemos que a organização da juventude, de forma independente e democrática, sob uma direção eleita pela base, é essencial para combater os golpistas e suas reformas. Por isso, destacamos a responsabilidade das entidades estudantis (UNE e UBES) na impulsão e organização desta luta.

 

Vladimir Silva – militante da Juventude Revolução

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