O que se passa na Venezuela?

Com este título a JR em SP realizou na última quarta-feira um cine debate para discutir a situação no país vizinho.

A atividade realizada por um núcleo de estudantes pré-vestibular, reuniu cerca de 25 jovens para debater a questão, a partir da exibição do documentário “a Revolução não será televisionada” que conta a história do golpe sofrido por Hugo Chavez em 2002, revertido na sequência pela mobilização popular. O debate permitiu retomar a situação desde então até os dias atuais.

País muito rico em Petróleo (está entre os cinco maiores produtores do mundo), a Venezuela, assim como vimos no Brasil, é hoje alvo de uma tentativa de um golpe pró imperialista e vem sendo sacudida por constantes manifestações onde se enfrentam os setores golpistas ligados ao “MUD”, de um lado, e o povo trabalhador do outro que defende o governo Maduro diante da ameaça de golpe e da agressão imperialista.

Trump ameaçou recentemente a Venezuela com uma intervenção militar e 30 dias depois da nova constituinte instalada, na qual 8 milhões de eleitores participaram (a maior participação eleitoral da Venezuela), adotou uma série de sanções econômicas ao país que configuram um embargo disfarçado.

Diferentemente do Brasil, entretanto, o povo Venezuelano tem conseguido resistir por mais tempo ao golpe. Uma das raízes dessa resistência é o fato de que a mais de uma década o país realizou uma Constituinte que avançou uma série de medidas populares e reformou as instituições. Assim, apesar de ter obtido maioria no velho congresso a oposição pró imperialista não tinha maioria no judiciário e não foi capaz de dividir o exército, que permanece fiel ao regime chavista.

Frente a crise Maduro decidiu convocar uma nova constituinte. Apesar dos critérios discutíveis de representação, o povo foi em peso as urnas votar para escolher seus deputados constituinte e espera que ela seja capaz de adotar medidas efetivas contra o caos econômico e social que a oposição e o governo Trump impõe ao país com locautes, boicotes de venda de produtos e o embargo disfarçado.

Para isso, no entanto, a constituinte deverá avançar na via da ruptura com os interesses do Imperialismo. Nesse caminho e diante de qualquer agressão imperialista o povo venezuelano e o governo Maduro devem contar com nosso apoio incondicional!

É preciso defender o direito de todos os povos à soberania e autodeterminação e compreender que o avanço do Imperialismo na Venezuela significa o avanço do Imperialismo em todo o continente, inclusive o Brasil.

Fora imperialismo da Venezuela!

Luã Cupolillo, militante da JR-SP

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