Com forte repressão policial, Alckmin e Zago aprovam teto de gastos na USP. Luta deve continuar!

Nesta tarde de terça-feira, (07/03), a reitoria da USP convocou um Conselho Universitário – instância máxima de decisão da universidade – para aprovar um projeto proposto pela reitoria da USP de teto de gastos da universidade.

Atualmente a USP gasta 105% do seu orçamento na folha de pagamentos de técnicos e professores. A proposta da reitoria é reduzir a 80% este gasto, o que poderá levar a demissão de mais de 6 mil trabalhadores da USP. Uma proposta para esconder o fato de que o “aperto” orçamentário da USP se deve a política de Geraldo Alckmin de não repassar corretamente as verbas, inclusive as prevista em lei, e fazer cortes sucessivos do orçamento.

Devido à estrutura burocratizada e distante da maioria dos estudantes e funcionários d Conselho – composta em sua maioria por professores ligados à reitoria -, a aprovação da medida era previsível. Em resposta ao projeto, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP), em conjunto com a Associação dos Docentes da USP (ADUSP) e o Diretório Central dos Estudantes Livre da USP (DCE), convocaram um ato com a chamada “Não ao teto de gastos” para as 12h00 em frente à reitoria, onde ocorreria o Conselho Universitário.

A manifestação tinha por objetivo impedir a instauração do Conselho, dessa forma, barrando a medida. Os funcionários, estudantes e professores colocaram-se à frente dos vários portões da reitoria, cantando palavras de ordem, apresentando faixas com os dizeres: “Não ao teto de gastos” e “Mais verba para a educação”; barrando a entrada dos conselheiros no prédio.

A resposta de Zago – reitor da USP ligado ao governo Alckmin/ PSDB -, aos pedidos por uma educação pública de qualidade, por empregos dignos aos funcionários e professores, pela manutenção da pesquisa e das políticas de permanência, foi uma brutal repressão por meio da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A repressão se deu através de balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio e efeito moral; além da agressão física aos manifestantes. Como se não fosse suficiente, diversos alunos e funcionários foram detidos e levados a 93 DP. Enquanto ocorria o massacre do lad de fora do conselho, do lado de dentro Zago aprovava sua medida na integra, sem qualquer debate com a comunidade acadêmica, confirmando o jogo de cartas marcadas do Conselho.

Em resposta a tal atitude do governo Alckmin, que se orquestrou por meio de seu fantoche, a reitoria Zago, o movimento estudantil da USP – através de suas entidades, Centros Acadêmicos e DCE -, convocaram para a quinta-feira (09/03), um dia de luta contra a repressão, por nenhum estudante preso e contra a destruição da USP. As atividades terão início com um ato em frente à reitoria, às 13h00 e se encerrarão com uma Assembleia Geral dos Estudantes da USP, às 18h00, no Vão da História.

A Juventude Revolução, presente no ato, repudia a repressão contra a liberdade de organização e expressão dos estudantes, funcionários e professores, e se põe ao lado do movimento estudantil por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e de acesso livre a todos. É preciso insistir na mobilização para derrubar esta medida aprovada pelo Conselho, unificando toda a comunidade acadêmica nesta luta.

Não à repressão, nenhum estudante preso. Abaixo o teto de Gastos!

Thiago Martinez, é militante da JR SP

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